Meus olhos permanecem fechados, perdidos entre o sono e a realidade, quando sinto uma mão suave acariciando meus cabelos. O toque é reconfortante, mas o cansaço de ter ido dormir tarde demais torna abrir os olhos quase uma missão impossível.
— Filha. — a voz grossa de papai me chama, e, de repente, a curiosidade supera o sono, me forçando a abrir os olhos e olhar em sua direção.
Ele está vestido com seu habitual terno e gravata, os cabelos loiros bem penteados, e um olhar doce que me faz sentir segura. Sua mão continua acariciando meus cabelos, e nesse momento, eu desejaria que o tempo parasse. Não apenas porque estou desfrutando desse momento tão bom com ele, mas também porque já amanheceu e eu sei que logo terei que ir para a escola.
A ideia de encarar o dia e falar com John me dá um frio na barriga. Não me sinto pronta para isso, não agora. Meu maior desejo nesse instante é poder ficar aqui, nesse quarto quentinho e aconchegante, e simplesmente não ir à escola. A ideia de mais uma