Capítulo 02

Já eram por volta da 22:30 quando chego ao meu dormitório, Emma está dormindo e eu vou direto para o banho e fico horas debaixo do chuveiro, desculpe planeta. Mas eu estava com a cabeça a mil pensando no diretor, toda hora eu sacudia a cabeça tentando tirar ele de dentro dela mas era em vão. Saio do banho e me deito na cama só de lingerie mesmo e acabo dormindo.

Hoje minha aula começa às 10 horas e por isso pude acordar mais tarde, Emma já havia ido. Tomo um banho e me arrumo, vou tomar café da manhã na cafeteria da universidade, me sento em uma mesa que fica bem escondida, eu estava com dor de cabeça e precisava de silêncio, pedi um capuccino e uma porção de pão de queijo.

Faltava pouco mais de 1 hora para minha aula começar então resolvi ficar por ali mesmo esperando a hora passar, peguei um livro em minha mochila e comecei a ler, sinto alguém sentando em minha frente e ainda com o livro na frente do meu rosto reviro os olhos meio chateada por terem sentado logo ali com tantas mesas vazias, eu só queria paz.

Quando tiro o livro da minha frente para parecer educada e dar bom dia dou de cara com ele, sentado a minha frente, me encarando sério.

— Bom dia senhor diretor! Digo o encarando também.

— Bom dia senhorita Elisabeth!

— Lisa! Digo.

— Como? Ele me pergunta franzindo o cenho.

— Pode me chamar de Lisa! Respondo.

— Prefiro Elisabeth, soa mais formal. Ele diz.

Fico tão sem graça com sua resposta que coloco o livro na frente do meu rosto novamente para esconder o quanto tô sem jeito e resmungo.

— Tanto faz, bom dia!

Não ouso olhar para ele novamente, até que meu celular toca.

Ligação on...

Eu: Alô?

Emma: Lisa, hoje depois das aulas a galera vai comemorar o niver de um professor na casa dele, não marca nada que você vai comigo!

Eu: Como assim? Eu já saí ontem, não vou sair hoje, tenho que estudar!

Emma: Não foi um pedido Lisa, foi um comunicado.

Bufo com o que ela disse e reviro os olhos dizendo

Eu: Ok! Que horas?

Ela sempre teve esse poder sobre mim, nunca consigo dizer não para ela, desligo o telefone depois dela me dizer o horário.

Ligação off...

— Aconselho a se dedicar mais aos estudos do que a festas Lisa, muitos se perdem no seu primeiro ano por conta das festas e no final do semestre estão desesperados!

— Não se preocupe senhor diretor, não vou me perder! E... Prefiro Elisabeth, soa mais... Formal!

Digo guardando meu livro na mochila e olhando a hora no celular, faltam 20 minutos para a aula começar então me apreço dou a costa a ele e saio da cafeteria. Homem louco, primeiro me dá um fora falando que prefere me chamar de Elisabeth, depois me chama de Lisa... Homem bipolar!

Hoje só tive duas aulas, desenhos artístico e técnico. Demoro um pouco para sair da sala arrumando meus lápis e quando me dou conta a sala já está vazia, me apresso e saio de lá, vou ao banheiro rapidinho e quando estou saindo do reservado dou de cara com ele, me assusto.

— Estou ficando com medo! Digo enquanto lavo a mão.

— Medo de quê? Pergunta ele.

— Primeiro nos esbarramos no bar, depois no café e agora o senhor no banheiro feminino... Está parecendo perseguição, preciso me preocupar? Fico encarando ele de braços cruzados.

— Não precisa se preocupar, só queria me desculpar com você por mais cedo no café.

— Se desculpar por quê?

— Pelo jeito que falei com você, prefiro te chamar de Lisa...

— Não precisa se desculpar por isso senhor diretor e como disse mais cedo Elisabeth realmente soa mais formal. Digo me virando para sair do banheiro mas ele me segura pelo braço e me prensa na parede em um movimento rápido.

Ele coloca meu cabelo atrás da orelha me encarando e começa a acariciar meu rosto todo, involuntariamente fecho meus olhos e nesse mesmo momento sinto seus lábios nos meus. Nosso beijo começa calmo e vai aumentando a intensidade, ele me tira da parede e rapidamente envolvo minhas pernas em sua cintura, ele me coloca sentada na pia e começa a esfregar sua intimidade em mim, fazendo com que suba um calor imenso em mim.

Quando o clima começa a ficar mais sério e estamos quase transando ali mesmo ele se fasta e passa a mão no rosto mostrando um certo arrependimento e isso me deixa com vergonha e ao mesmo tempo com raiva.

Quando ele ia começar a falar, eu o interrompo.

— Por favor! Não fale nada, você não tem noção de o quanto isso é humilhante para uma mulher... Me recomponho e saio do banheiro sem falar mais nada.

Que vergonha! Se eu pudesse me enterraria num buraco agora! Cara! Ele é o diretor da universidade, que merda você fez Lisa!!! Precisa tirar esse homem da sua cabeça, isso é furada lisa, pelo amor de Deus!!!

Cheguei na festa de aniversário do professor da Emma e de longe avisto Anny, resolvo chamá-la e apresento a Emma a ela. As duas se identificam logo de primeira e eu fico feliz por isso.

Fico olhando alguns professores ali e de sorrateiro um certo diretor vem a minha mente, resolvo beber um pouco para tentar tirá-lo da minha mente, hoje eu quero aproveitar sem me preocupar com o amanhã, já que amanhã é sábado e não tenho aula.

Já estou na minha quarta taça de tequila, estou me sentindo um pouco lenta então resolvo ir ao banheiro lavar meu rosto, prometi a mamãe que não ficaria bêbada. Ando por um corredor observando cada parte da casa, até que para um professor o senhor Rick tem bom gosto, a casa além de enorme é bem decorada.

Encontro o banheiro e entro, lavo meu rosto, sento um pouco no vaso para respirar fundo e vê se o excesso de álcool passa um pouco, resolvo que não vou beber mais hoje eu sou muito fraca para bebida, saio do banheiro e vou na cozinha beber um pouco de água e dou de cara com o diretor se pegando com a professora de ética. Fico paralisada ao observar aquela cena, ela em pé de pernas entre abertas meio inclinada com as duas mãos apoiadas na pia com a saia levemente levantada de costa para ele, ele com uma mão no cabelo dela puxando com força e com a outra entre as suas pernas socando com força enquanto lambia seu ouvido chamando ela de vadia, ela gemia e ria ao ouvir suas palavras como se estivesse amando aquilo.

Sinto um calor entre as minhas pernas e uma necessidade louca de estar no lugar dela, está decidido eu quero esse homem pra mim, custe o que custar!!

Tento sair de fininho mais como sou estabanada esbarro em alguma coisa que não tenho ideia do que tenha sido trazendo a atenção dos dois pombinhos para mim.

— É... Desculpe atrapalhar, só vim pegar uma garrafa de água. Abro a geladeira e pego a garrafa, tento sair sem olhar para o casal mas sou chamada pela professora.

— Lisa neh? É... Ela tenta falar mais a interrompo.

— Não precisa se preocupar professora, eu não vi nada. Digo ainda de costa para eles.

Saio dali correndo e quando chego na sala dou de cara com Emma.

— Estava te procurando doida, tava aonde?

— Foi no banheiro lavar meu rosto e depois na cozinha pegar uma garrafa de água para não ficar doidona. Digo levantando a garrafa para ela e omitindo o fato de ter visto o diretor e a professora praticamente fodendo na cozinha.

— Vem, quero te apresentar um amigo. Ela diz me puxando.

Ela me apresenta Luan, um menino da sua sala, um gatinho. Logo estamos dançando no meio da sala com a galera, eu levanto os braços e começo a rebolar sensualizando e Luan se encosta me sarrando, dou uma leve olhada para o lado e vejo o diretor me encarando sério a professora não está ao seu lado, eu não ligo e continuo dançando agarrada a Luan.

Fico pensando se a professora é namorada, esposa, ficante ou apenas uma foda do dia dele.

Começo a sentir a mão boba de Luan e isso me incomoda, não que eu seja uma virgem pura mais não curto isso na frente dos outros então saio de seus apertos e digo que vou ao banheiro mais na verdade eu vou é para o campus.

Assim que entro no meu quarto e começo a tirar a roupa para ir tomar um banho ouço batidas na porta, estranho mas acabo achando que é Emma que esqueceu a chave aqui. Vou abrir a porta e dou de cara com o diretor que me olha de cima a baixo, me dou conta do meu estado e vou correndo pegar a toalha, no mesmo momento ouço a porta se fechando.

Olho em direção a porta e ele está lá me olhando com cara de predador e eu aproveito para atacar. Me aproximando dele vagarosamente sem tirar meus olhos dos seus, digo.

— Queria falar comigo senhor diretor? Digo com voz sexy.

— Queria conversar com você sobre eu e Abigail... Mas poderia colocar uma roupa primeiro.

— Não!! Não vou colocar roupa nenhuma, primeiro por que estou em meu quarto! Segundo porque eu não lhe convidei a entrar, entrou por que quis mesmo sabendo que eu estava só de peça íntima e terceiro, não precisa se preocupar eu já disse que não vou falar nada para ninguém!

Abraço ele e começo a beijar seu pescoço o fazendo gemer bem baixinho, digo em seu ouvido.

— Estou louca para sentir o seu potencial. Beijo sua boca ferozmente.

— Menina... Não meche com fogo porque você pode se queimar.

— Nesse momento é o que eu mais quero senhor diretor! Digo ainda lhe beijando.

Ele segura meus dois braços e me afasta, fico frustrada com sua atitude sei que ele também quer, droga!! Fui oferecida demais, mamãe sempre disse que quanto mais difícil a mulher mais os homens se apaixonam.

— Aí meu Deus, desculpa diretor. Falo envergonhada e vou direto para o banheiro me trocar. Que ridícula eu sou, que vergonha.

Saio do banheiro já de roupa e vejo ele sentado na minha cama olhando um porta retrato meu com mamãe, eu era pequena.

— Você se parece com sua mãe! Ele diz olhando a foto.

— Todo mundo diz isso. Pego o porta retrato de sua mão e coloco no lugar. — Olha Cristian, vamos esquecer o que aconteceu... Não precisa se preocupar eu não contarei nada sobre a festa e nem sobre o que aconteceu aqui, dou minha palavra que isso não vai se repetir mais.

— Lisa, vem aqui. Me aproximo dele e sento ao seu lado. — Não se sinta mal por isso, você não tem noção do quanto eu te quero mas não sou homem para você.

— E por que você não é homem para mim? Se seu medo é eu ser virgem pode ficar tranquilo, eu não sou! Digo o encarando.

— Não é isso Lisa... Ele dá uma pausa. — Eu gosto de coisas que você não tem nem noção, gosto de coisas que poderia machucar seu corpo tão frágil.

— Eu imagino o que seja... Nunca fiz mas nada impede de eu tentar.

— Lisa... Eu e Abby...

— Não Cristian!! Não quero saber dela, não agora!! Se você quiser me ensinar ok, se não quiser é só você ir embora e esquecemos tudo que aconteceu.

Ele fica pensando por um tempo andando de um lado para o outro, sinto que ele está em dúvida, passa a mão na cabeça e no rosto, balança a cabeça negativamente várias vezes até que para e me encara como se já tivesse decidido o que fazer e meu coração nesse momento parece que vai sair pulando sozinho por aí.

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