- Sr. Pinto...
Rodrigues pegou a tintura de iodo e mergulhou uma cotonete nela, me interrompendo: - Está ficando tarde, aplique o medicamento e voltamos mais cedo.
Rodrigues não queria que eu perdesse tempo e o atrasasse para ir para casa.
- Você me leva para casa, eu a ajudo a aplicar o remédio, é uma ajuda mútua, você não precisa ficar envergonhada.
- Não estou querendo lhe causar nenhum problema.
Não ficava envergonhada, estava mantendo a distância adequada!
Já que Rodrigues disse isso, virei a cadeira e ele segurou meu tornozelo.
Sua palma estava levemente quente, e o local onde ele a segurava começou a esquentar. Esse calor subiu desde minha perna e finalmente se acumulou em meu rosto.
Depois que lhe deu uma olhada, meus olhos rapidamente voltaram para a mão que segurava meu tornozelo.
Os dedos de Rodrigues eram longos e ossudos e, quando colocados juntos ao meu tornozelo, a cena era como uma em drama de amor.
Os protagonistas...
Se a vida fosse um drama de amor, Rodrigues seria o