Luiz Esteves atendeu ao telefone antes do segundo toque. O coração disparado. Poderiam ser notícias. Algo sobre Mari. Ou sobre seu corpo. Stella, dopada, dormia. Ele passava as noites em claro, na varanda.
— Alô.
— Tio Esteves.
— Otávio?!
— Tio... levei um tiro.
O coração do coronel disparou. Vivico era amigo de sua filha desde moleque. Estava no mau caminho. Mas era como um filho.
— Onde está?
— No apê da Mari... — a voz era chorosa, fraca — tio... eu tô morrendo...
Dib cobriu Mari com a manta. As olheiras dela estavam evidentes. Não tinham dormido. Haviam passado a noite ali, na varanda. Ele tocou violão até os dedos doerem. Ela tinha escutado. Quieta. Calada. A cabeça no seu ombro. Tinha