— Lucas? Como... — Suzana segurou o lençol na frente do corpo — como entrou?
Ele rodeou a cama. Sentou-se na beirada. Sem cerimônia. Colocou a arma em cima da mesinha. Só as luzes da rua entravam pela cortina. Ele ainda era uma sombra. Enorme. Aterrorizante. Na frente dela. Suzana sentiu a raiva dele. E também a sua.
— O que quer aqui? Vai me sequestrar de novo?
— Se for preciso, vou.
Ela esqueceu o lençol. Esqueceu que estava nua. Ergueu a mão.
— Cretino.
Ele foi rápido. Segurou-a antes de acertá-lo. Falou com frieza.
— Disse para nunca mais fazer isso.
Suzana se debateu. E explodiu, aos gritos.
— Canalha mentiroso! É casado com Teresa! Como pode ser tão cínico?
— Não sou cínico e não menti. Sou casado com ela, si