Capítulo 07

_________________________________________________RICK

Eu estava bebericando meu vinho enquanto encarava o ambiente vermelho a minha volta quando a luz se apagou. Meu coração acelerou como nunca e eu estreitei os olhos para o palco onde uma luz mínima iluminava o ambiente. Então ela surgiu, numa pose de lady completamente sexy. Seu corpo numa meia lua proposital, uma de suas pernas parada mais a frente exaltando toda a curva de seu quadril, sua cabeça pendida para trás como se estivesse numa posição de infinito prazer. Quando a musica começou a tocar, sua mão iniciou uma jornada dolorosamente lenta da sua coxa até o seu pescoço, enquanto sua cintura se movia quase que imperceptivelmente para frente e para trás. E então, como uma hipnose sexual, meus olhos não desgrudaram mais de seu corpo formado apenas por sua silhueta. Cada detalhe, movimento, tudo... Minha respiração estava lenta e entrecortada, meu corpo era como um produtor das mais perigosas drogas, era como se eu estivesse em uma interna e constante explosão de êxtase. Cada sentido estava mais aguçado, meus pelos eriçados enquanto meus olhos estreitos se deliciavam com aquela visão erótica a minha frente!

______________________________________________JILEAN

Toda a minha alma mergulhava em cada passo dado, em cada movimento calculado. Para mim, dançar era como atuar, porque eu podia estar no controle. Eu estava no controle do meu corpo e do corpo do outro. Era dançando que eu enfeitiçava e colocava o mundo aos meus pés! Eu não podia ver o rosto do desconhecido, mas um sorriso de canto surgia em meus lábios ao saber com completa certeza que ele estava hipnotizado pela imagem erótica que meu corpo produzia. Eu era boa nisso. Uma das coisas mais satisfatórias em ser stripper era ver a expressão dominada dos homens para quem eu dançava, raramente dançava para mulheres. Geralmente com mulheres era melhor e mais prazeroso... Mas quando se tratava de homens, era sempre mais satisfatório porque as suas expressões denunciavam que eu estava no controle e até que eu saísse da sala, nada mudaria isso! Mesmo quando suas mãos estavam passeando pelo meu corpo, eu sabia que era uma vontade incitada por mim. Levei muito tempo quebrando as barreiras, levara muito tempo para deixar de ser doloroso.

Me preparando para a última parte do espetáculo eu me virei completamente para o sofá escuro a minha frente e segui até a ponta do T, ficando de quatro eu rodei a cabeça deixando que meu cabelo agora ficasse completamente sobre meu rosto suado. E encarando a escuridão pelo canto dos olhos, joguei meu corpo para trás ficando ajoelhada e rebolando passei a tocar em partes propositalmente sexuais do meu corpo. Com um sorriso pervertido nos lábios eu me levantei e comecei a tirar lenta e sensualmente os sapatos, quando a ponta dos meus pés tocou o solo gelado do palco, me pus a tirar a meia calça. Em exatos cinco segundos as luzes se acenderiam revelando o meu corpo inteiro com apenas o cropped e a calcinha, revelando também o rosto fascinado do desconhecido.

Eu me rebolei lentamente, girando para que ele pudesse ver o meu corpo todo apenas pela luz mínima da sala.

Passei a mão pelos cabelos e fiquei de lado enquanto massageava meus seios.

Respirei fundo me preparando para os passos finais.

Virei-me de frente descendo do palco

As luzes vermelhas se acenderam.

Minha respiração falhou e eu precisei esconder minha surpresa com toda a maestria de uma atriz ao ver Rick parado á minha frente. Seus olhos brilhavam, os três primeiros botões de sua camisa estavam abertos como se ele implorasse por mais ar ou estivesse derretendo de calor. Ele estava jogado no sofá, seus olhos presos em mim. O show não podia parar e seu olhar conseqüentemente implorava para que não parasse. Seus olhos se prenderam aos meus e de lá eu não ousei sair. Antes que eu pudesse evitar, minhas pernas estavam seguindo até ele num desfile sensual como no movimento ensaiado, mas com algo diferente, era como se ele estivesse me chamando!

 Quando cheguei a sua frente ele levantou a cabeça lentamente para encarar todo o meu corpo, dos meus pés a minha cabeça, por onde seus olhos passavam parecia queimar e quando seus olhos voltaram aos meus, eu estava em chamas. Completamente excitada e precisava fazer um esforço descomunal para não transparecer o quanto estava ofegando. Primeiro uma perna de um lado do seu corpo e depois a outra do outro lado e todo espaço entre nós estava preenchido. Eu estava sentada em seu colo e podia sentir sua excitação me queimando com o toque por cima das nossas roupas finas. Passei minhas mãos pela parte descoberta do seu peito e saindo completamente do que foi ensaiado, meus dedos iniciaram a tarefa de abrir cada botão fechado de sua camisa. Seus olhos seguiram minhas mãos quando toquei toda a extensão do seu peitoral agora nu. Ele ofegou descendo o olhar quando cheguei até seu umbigo e suas mãos automaticamente passaram para minha coxa. Seu toque embora suave demonstrara uma nata de desejo ardente, ele as apertou e eu o encarei mostrando que ele podia. Dando o aval de quem estava no controle. Suas mãos seguiram para a minha cintura e eu me vi querendo arquear o corpo com aquele toque. Uma voz sussurrou os segundos em minha cabeça.

5: Seus dedos tocaram minha tatuagem.

4: Minhas mãos cobriram as suas.

3: O guiei até o nó do meu cropped.

2: Ele me encarou com os lábios entreabertos e a respiração acelerada.

1: Com apenas uma puxada meu cropped se desfez em sua mão.

A luz se apagou novamente mostrando ser o final do meu show. Mas antes que eu pudesse levantar, em meio à escuridão, eu senti seu hálito quente a centímetros do meu rosto. Suas mãos seguraram firme a minha cintura, dessa vez quem estava hipnotizada era eu! Em uma pegada firme, suas mãos começaram a subir lentamente, chegando aos meus seios e aquilo com toda certeza fez minha cabeça pender para frente desejando ardentemente mais daquele toque, senti sua testa encostar-se à minha enquanto ele massageava bicos eriçados. Eu podia sentir seus lábios a uma atitude dos meus e eu queria, eu queria desesperadamente tanto quanto queria suas mãos onde elas estavam agora. Suspirei. E antes que eu cometesse alguma loucura, uma perna após a outra, desci do seu colo e segui o caminho já memorizado para fora da sala 12.

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