Mia SalazarFérias nunca foi tão desejada por mim como agora. Conforme os dias foram se passando tivemos a confirmação das suspeitas que tínhamos do Andras, seu erro foi voltar para Los Angeles tentando pegar suas coisas e logo em uma tentativa de fugir do país foi pego no aeroporto. Se ele tivesse saído da Alemanha para qualquer outro lugar no mundo, a chance de pegá-lo seria mínimo, mas em meio a tantas merdas que ele fez parece que sempre esteve confiante que nunca ninguém descobriria. Mas ele foi descoberto. Suas vítimas começaram a aparecer. Dei o meu depoimento.O próprio Sergei confessou que foi uma das vítimas de Andras.Provas suficientes para garantir que não saia da cadeia. Finalmente a justiça sendo feita, quanto ao Sergei escolhi não ter uma última conversa com ele. Não havia o que conversar, aparecer publicamente dizendo que o namorando era tão bom quanto parecia ser e que já estava na hora de cada um seguir seu caminho. As pessoas queriam mais, queria uma briga públi
Diogo Minha mudança para Los Angeles está completa, me aceitou morar comigo e também a se casar, confesso que fiquei bem nervoso e considerei que não aceitasse. Besteira da minha cabeça! Mas dessa vez não deixei que os pensamentos intrusos me atrapalhasse a fazer algo que tenho certeza na minha vida.Amo minha ruivinha. — Esse ficou bom? — me olho no espelho.— É o mesmo do último que usou. — Erick fala irritado. — Ei, moça? — chama a mulher que nos atende, erguendo o copo de whisky no ar. — Pode me trazer mais um copo desse? É que a donzela está com dificuldade de escolher o terno para o casamento, mas ele já usou a mesma opção três vezes e a mesma cor.Revira os meus olhos com a insensibilidade de Erick.— Havia detalhes diferentes. — falei minha defesa. — Sim, a gravata. — Logan se intromete. — Primeiro verde, depois de branco e agora preto.Olho para eles indignado com a falta de companheirismo.— Não sei porque chamei vocês para me ajudar…— Porra, Diogo! — Logan passa a mão p
Mia SalazarNão acredito que Diogo desmaiou. Quando o vi caído no chão entrei em desespero, porque por um segundo pensei que fosse me abraçar e do nada parecia um tapete estirado no chão.— Confessa, Mia. — Logan passa os dedos pelos lábios. — Não está mais aguentando ele e quis exterminar.Diogo resmunga insatisfeito, mas não diz nada. Liguei para Alana pouco depois de chamar o médico. O pequeno Daryl olha curioso para o tio dele, aposto que falasse entraria na onda do pai e atazanaria o meu noivo.— Logan, não fala assim. — Alana chama a atenção do marido e se aproxima de nós com Daryl em seu colo. — Mas agora que o médico foi embora, pode dizer por que desmaiou?Observo tudo em silêncio, Diogo está deitado com a cabeça em meu colo, deslizo meus dedos pelos seus fios macios.— Nervoso para o casamento, aposto! — Logan dar um soco no ar. — Diogo, você está frouxo demais.Recebendo o olhar severo de Alana, ele se cala.— Hum, não é nada disso. — Defendo meu futuro marido.Diogo se sen
DiogoMinhas mãos soa, minha cabeça dói. Respiro fundo, a menina ao meu lado me olha com julgamento discreto. Digo discreto porque está sendo gentil em só olhar e não dizer em palavras, mas seu rostinho é bem expressivo. Olho de canto de olho, ela não disfarça, mesmo minhas pernas me sentindo nervoso e não quero ser indelicado com ela em dizer que é feio olhar desse jeito para os outros.Mas ela sabe.Valentina foi muito bem criada e sabe ser respeitosa como ninguém, só que parece que quis vir com o espírito do irmão mais novo.— Dar para parar? — Peço.— Só se você parar de mexer suas pernas, padrinho.Algo impossível no momento, me levanto e respiro fundo. Estamos na sala de espera de um hospital da cidade vizinha, minha querida menininha Antonella resolveu nascer uma semana antes. Tudo estava preparado para sua chegada, o hospital, o quarto e sua bolsa. Ah, essa bolsa anda comigo para cima e para baixo desde que Mia completou oitavo mês de gestação. Pelo menos essa bendita bolsa e
Erick PetersonSer herdeiro de um homem perverso que tem mais inimigos do que aliados se tornou meu maior tormento. Não imaginava o quão perverso Éden era, ele é pior do que um dia imaginei que fosse. Cedi as suas manipulações, não posso dizer que não fui errado nessa história, sabia que era um erro e fiz.Foi difícil e todas as noites tenho que lidar com as escolhas que fiz. É apenas uma das coisas.Mas há algo bom no meio disso tudo, minha irmã, Alana está e é o que importa. Meu maior medo era o que Éden poderia fazer com ela, ele está morto, não é mais um problema, mas o que deixou nessa terra não é de extrema felicidade.Me recuso a abandonar esse império, recuso que acabe o que doei boa parte da minha vida para que se tornasse o sucesso que é hoje. Éden me treino para ser um homem de negócios, o superei e obvio que não gostou.— Deveria descansar. — Cecilia comenta, passando as mãos pelo meu ombro e começando uma massagem.Fechos meus olhos instantaneamente, apreciando a sensação
Cecília WestUma parte boa de ser a amiga do dono da empresa que trabalho e a agilidade de resolver os problemas do qual vai beneficiar a ele mesmo. Gael é um empresário de respeito e uma visão para negócios admiráveis. Ele confiou em mim, um cargo sem experiência alguma na época e hoje sou a melhor no que faço.Respiro fundo, desligando a ligação. Preciso de um tempo para pensar em mim, o dia foi longo e preciso dormir um pouco.Não demoro para chegar em casa, gosto de dirigir e foi uma curta viagem para casa, o trânsito estava a meu favor.Deixo a pasta em cima da cama, tomando cuidado com o notebook. Fui para cozinha, coloco meu celular no balcão e pego uma coisa qualquer na geladeira para comer, meu celular toca.Mordo o lábio inferior, seria Erick? Ah, por que estou pensando nesse hoje?! Deveria me afastar dele como meus pais tanto quer. É o certo a fazer, olho o nome na tela e infelizmente puxo como uma bola que acabou de ser estourada. Não era Erick.Engoli qualquer requisito
Cecília WestSenti o ar frio de Los Angeles em meu rosto, é um sinal de poder voltar a respirar novamente, o clima estranho persegue mesmo tendo saído do restaurante. A leveza do ar me permiti me acalmar, mas não me deixa esquecer. Erick está ao meu lado. As mãos no bolso da frente de sua calça, o olhar sério e a mandíbula travada mostra que toda a tensão da conversa de segundos atrás ainda o persegue. — Estava pronta para brigar com você e dizer que não precisa me salvar de encontros arranjados. — Olho a rua movimentada. — Mas obrigada.Sinto seu olhar em mim.— É boa em conhecer pessoas, talvez não devesse desconsiderar só porque não gosta de mim e minha família.Dou um sorriso fraco. — Não apareceu aqui para depois me empurrar novamente para ele, foi? — O olho desafiando.É a primeira vez que Erick faz algo desse tipo.— Não. — fixa o seu olhar em um ponto qualquer a sua frente. — Você não quer estar nesse encontro fajuto, vir para agilizar e terminar logo.— Bom, fez um ótimo tr
Erick Peterson Arrumo Daryl em meu colo para dar a sopa dele. Escolhi fugir um pouco do trabalho e a casa de Alana foi o meu refúgio da vez. Valentina me entrega o pano para limpar a boca do seu irmão.— Obrigada. — Agradecia a ela.A menina é linda, sorrindo, ela volta correndo para cozinha. Me sinto estranho em conversar ou até mesmo estar perto, lembro que não sentiu medo quando a coloquei no carro para levá-la de volta ao seu pai. Era como se me conhecesse e sempre estive no seu convívio.Agora que sou, me sinto mais culpado pelas escolhas do passado.Alana no sofá, dobrando as pernas e abrando o braço no encosto. Daryl é obediente e quando o assunto é comida fica bem concentrado, nem tudo são flores, Diogo pode sofrer com as risadas e olhares julgadores. O loiro só não sabe que ele não é o único, eu mesmo não escapo.— É muito bom te ver aqui.A olho, erguendo uma sobrancelha.— Você não vai me visitar.Ela manda língua.— Não vou entrar naquela casa, sem chance.E não a culpo.