Ficamos quietos por um instante, acreditando que seja lá quem estivesse batendo na porta, desistiria.
Só que o barulho veio mais uma vez.
—Senhor Miller? – a voz de Félix soou trêmula. —Preciso que o senhor veja algo. É urgente.
David fechou os olhos, respirando fundo, e então me beijou rápido, possessivo, antes de abrir a porta.
Félix estava com um semblante sério, mas seus olhos mostrava o pavor.
—O que houve? – David perguntou, frio.
—É… é melhor ver com os próprios olhos. – Ele disse, com um tom de voz quase baixo, mas eu o ouvi.
David me lançou um olhar de aviso, mas meu coração já acelerava.
Ele saiu pelo corredor me deixando na sala sozinha e de repente, meu celular apitou.
Era uma notificação. Um número desconhecido. Sem remetente. Apenas uma imagem anexada.
Com mãos trêmulas, abri o arquivo, sentindo meu corpo gelar em seguida.
Charlie.
Minha filha, fotografada do lado de fora da escola, tomando um suco. O laço no cabelo dela estava torto, o sorriso mantinha doce como se esti