David Miller –
Saí do apartamento de Ellie, sentindo meu sangue talhar dentro das minhas veias.
Eu dirigi cegamente e só me dei conta, quando parei na entrada iluminada e cafona daquele hotel de beira de estrada.
Entrei no lugar, sentindo um cheiro de café requentado e madeira velha. Caminhei até o quarto dela e empurrei a porta, sabendo que ela não estava lá.
Entrei em silêncio e me escondi atrás da porta. Não demorou muito até que ouvi barulho de pés se arrastando do lado de fora.
Assim que a porta se abriu, eu a agarrei com violência e a puxei para mim, tampando sua boca.
— Quanto tempo, Amanda! - Falei entre dentes a encostando na parede com brutalidade, mantendo-a calada.
Ela tentou puxar a mão, lutou com os olhos delirantes, e eu apertei mais, sentindo a curva da sua pulsação debaixo dos meus dedos.
A minha outra mão foi para garganta; não para matar, mas para mostrar que eu poderia.
— Por que está de volta? – Perguntei a vendo se desesperar e bater na minha mão, como clemência