Hanna Cooper.
Hoje faz exatamente três dias desde o ocorrido na minha casa, Murilo tem me ignorado integralmente e eu faço meu papel de não aparecer em sua frente. Todo nosso contato está sendo através de Émile e as reuniões, não vamos mais juntos, elas são dividas, eu participo de algumas, ele de outras e passamos um relatório para Émile para o outro ficar por dentro do acontecido.
Antes de sair do hospital, ligo para ela perguntando se Murilo já foi, para só então ir embora, não quero correr o risco de encontrar com ele no elevador privativo.
Tive um sono leve e com alguns pesadelos, que estão me custando a noite, não consigo dormir direito, olho a hora no celular e passa das duas horas da manhã.
Sinto um vento gelado bater em meu rosto, seguido de um estrondo. Sento na cama apressada e vejo que está chovendo, a chuva entra pela janela aberta molhando todo o chão. Levanto correndo da cama e fecho a janela.
Volto correndo para cama, me enrolo nas cobertas e abraço a ponta, os pesadel