Posso visualizar-me em pé perto demais do meu objeto de estudo naquela festa, incapaz de me mover ou falar qualquer coisa. Seu sorriso é lindo, e é final de ano, e ele está saindo do colégio. Por que você não se aproxima? Não. Eu não consigo.
E então, a oportunidade vai embora rápido.
— Angelina? — William me chama.
Eu volto ao mundo real.
— A verdade é que não sou muito boa em falar sobre mim. — digo, um pouco envergonhada da minha constatação.
Mas, na verdade, é que eu não sei se quero me abrir tanto assim com alguém, por que as vezes — e muitas vezes que fiz isso — acabei me dando muito mal.
William está ainda me olhando, e não sei se isso é algo que gosto ou não. Em parte é, mas seu olhar ainda me deixa acoada.
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