Depois que saiu do quarto da mãe, Luizão andou em passos largos pelo jardim até o seu carro, mas foi alcançado pela enfermeira, que corria esbaforida atrás dele
— Judith! Aconteceu alguma coisa com a minha mãe?— ele quis saber.
— Não senhor! — a moça respondeu recuperando o fôlego.
Luizão olhou na direção da porta da mansão e encostou-se no carro cruzando os braços.
— Então diga-me, qual o porquê desse desespero?— ele insistiu.
A moça passou a mão na testa, afastando o suor que fazia a sua franja colar na pele e disse:
— Senhor, não fique tanto tempo sem vê-la! Ela se anima quando o senhor vem! Amanhã com certeza vai até passear pelo jardim.
Luizão se alterou e começou a falar gesticulando muito:
— Mas foi ela quem me colocou nesta situação, Judith! Eu sou escravo do meu irmão! Não imagina a que preço eu tenho que estar do lado dele, para agradá-la, porque eu sei que a doença dela é o remorso por tê-lo abandonado! Eu sei que você sabe de toda a história!
A moça assentiu r