A semana começou e a Natália me pedia para repetir a história do meu encontro com o Noah todo dia.
Quinta feira era o dia de finados e eu fiquei no computador fazendo absolutamente nada de útil. O meu ódio pelo Thalles aumentava a cada dia, mas por um motivo diferente.
Não me importava mais com a história da paixão secreta, mas o que realmente me irritava era o fato de ele ter me chamado de “amor” na cozinha aquele dia.
Descobri que a tal da garota se chamava Gisele e fazia somente backing vocal (segunda voz) na bandinha idiota dele!
O mais engraçado é que eu nunca a vi no palco, será que alguém estava pegando ela e deu essa desculpa para ninguém desconfiar?
Sexta feira chegou, o dia estava ensolarado e eu combinei de passar à tarde no shopping junto com a Natália, nós fizemos compras, tomamos um frozen yogurt e conversamos sobre as minhas expectativas quanto ao encontro.
Preciso dizer que desde aquele beijo eu tenho considerado fazer dele o meu primeiro cara, mas não sei se amizade colorida combina muito nesse contexto da primeira vez.
Saí de casa ouvindo Marjorie Estiano (nostalgia) e quando cheguei à porta do prédio dele respirei duas vezes e então toquei o interfone.
Não tinha porteiro, apenas botões com os números dos apartamentos.
Ele atendeu e me autorizou a subir, diferente do outro dia, não conversamos, assim que entrei, ele me beijou e já fomos para o sofá.
Novamente quando as coisas começaram a esquentar muito ele parou e disse que tinha preparado o jantar.
Conversamos sobre as nossas famílias e descobri que ele tem um irmão mais velho que está no final da faculdade de medicina e outro mais novo que iria se formar no Ensino Fundamental no próximo mês.
Os pais dele são engenheiros e tem uma empresa própria, para cada filho que nasceu eles fizeram um investimento e com o lucro, Noah comprou este apartamento.
O apartamento não era muito grande e isso o tornava aconchegante de uma forma diferente.