Como se o universo estivesse espelhando meu estado emocional.
Corri para a porta da frente.
A abri bruscamente.
— Sebastian!
Ele estava parado na sala.
De costas para mim.
Olhando pela janela.
Quando me ouviu entrar, não se virou.
— Sebastian — disse eu, respirando pesadamente. — Precisamos conversar. Não entendo o que...
— Não há nada para conversar — disse ele sem se virar. — Eu já disse tudo pelo telefone.
Caminhei até ficar atrás dele.
Mantendo alguma distância.
A chuva batia nas janelas.
Criando sombras que dançavam pela sala.
— Por favor, apenas me olhe — implorei. — Me diga o que está acontecendo. O que mudou?
Sebastian permaneceu imóvel.
Suas mãos nos bolsos.
— Desde aquele dia do seu acidente, você tem agido estranho — continuei. — Mentindo, se afastando. O que realmente aconteceu, Sebastian? O que você não está me contando?
— Já disse que não aconteceu nada.
— MENTIRA! — gritei, minha paciência finalmente se esgotando. — Você está mentindo de novo! Igual mentiu sobre o acide