— Não. Não significou nada. Assim como nada do que acontece entre nós significa alguma coisa.
— Isso não é verdade.
— Não é? Então por que você está tão irritado?
A pergunta me pegou desprevenido.
Por que eu estava tão irritado? Por que ver Oliver conversando com outro homem havia despertado essa raiva cega em mim?
— Porque... — comecei, então parei.
— Porque o quê, Sebastian?
— Porque estava com ciúmes! — A admissão saiu como um grito. — Porque ver você com ele me deixou louco de ciúmes!
O silêncio que se seguiu foi absolutamente ensurdecedor.
Oliver me olhou com uma expressão que misturava surpresa e algo que poderia ser dor.
— Ciúmes — repetiu ele baixinho.
— Sim, ciúmes. Ciúmes irracionais, primitivos. Queria quebrar a cara dele.
— Sebastian...
— E eu sei que não tenho direito a isso — continuei, as palavras saindo numa torrente desesperada. — Sei que nosso casamento é falso, sei que não tenho reivindicação sobre você, sei que você pode falar com quem quiser...
— Então por que...?