Catarina, ao perceber que eu já sabia a verdade, não tentou mais esconder nada.
– Pedro veio te procurar ontem à noite...
– Fiquei irritada e o xinguei um pouco. No começo não foi nada demais, mas aquela mulher, a Eunice, armou alguma coisa, então eu...
O restante da frase Catarina não precisou completar, pois eu já entendi.
Pedro e Eunice tinham agredido Catarina.
Como eles ousaram?
Como ousaram?
Meus olhos ardiam de raiva, meus dedos se cravaram nas costas da mão, e eu não sentia dor alguma.
Catarina notou a minha reação e rapidamente me envolveu em seus braços.
– Olívia, eu estou bem!
– Não se preocupe, está bem?
Sentindo o calor que vinha das costas dela, a tristeza que eu vinha segurando não pôde mais ser contida, e comecei a chorar alto.
Catarina, tocada pelo meu desespero, também não conseguiu segurar e passou a soluçar baixinho.
Depois de cerca de meia hora, nós duas já estávamos mais calmas.
Essa humilhação que Catarina sofreu, eu não deixaria passar em branco.
– Catarina, est