Gente. Gente.
Esse homem se virou tão devagar que parecia cena de filme de terror. Os olhos dele estavam em chamas. O maxilar travado. E a voz desceu numa oitava tão profunda que eu senti no meu osso pélvico.
— Não, gatinha.
Eu pisquei.
— O quê?
— Você não vai pra escola.
Eu ri. Tipo, ri de verdade. Porque achei que ele tava brincando.
— Damon, eu tô grávida, não morta. Tenho prova chegando.
Ele colocou o espresso na mesa. Veio andando até mim feito uma pantera, todo calmo e ameaçador.
— Você tá carregando meus filhotes — Ele disse. — Vai ter aula em casa a partir de agora. E já que você tá no último ano do ensino médio, só facilita.
Eu olhei pra ele como se ele tivesse crescido duas cabeças.
— Você é louco.
— E você tá brilhando.
— Para de tentar ser charmoso.
— Não tô. Você tá literalmente brilhando. Tá com meu cheiro por todo o corpo. Acha mesmo que eu vou deixar você entrar numa escola cheia de garotos adolescentes enquanto tá com meus filhotes na barriga? Engraçadinha, gatinha. Mu