~Lyra~
No instante em que ele se transformou, aquilo me atingiu como um maldito trem descarrilado.
Não só na boceta latejante. Não só no ventre inchado, nem nos mamilos presos nos grampos e queimando de dor.
Senti na alma. No fundo do osso. No centro do instinto.
O corpo dele estalou. Presas rasgaram a gengiva. As garras rasparam a madeira.
E eu gemi, alto. Tão alto que o som ricocheteou nas paredes e voltou como um eco animalesco pra dentro de mim.
A boca encharcada de saliva. A boceta escancarada, se contraindo ao redor do pau dele. Mas no instante em que a besta emergiu de dentro de Damon, entendi... eu ainda não fui fodida. Não de verdade.
Tudo antes disso tinha sido preliminar. Aquilo era o momento em que ele largava a máscara do cuidado. E eu queria. Queria cada estocada brutal. Cada grama de selvageria.
Ele não falou.
Ele rosnou.
Um som grave, visceral, que saiu do peito e tremeu a mesa onde eu estava jogada.
— Porra... — Rosnou. E juro pela Deusa, só o som fez meu clitóris pul