Eu abri a minha boca.
Ele enfiou dois dedos antes que eu pudesse falar.
Simples assim.
Bem entre os meus lábios, fundo até o nó dos dedos, esticando a minha boca ao redor dos dedos grossos dele enquanto ele rosnava baixo no meu ouvido:
— Você quer que eu foda esta boca de novo, garotinha?
As minhas pernas quase cederam.
Eu estava tremendo inteira.
Ele pressionou mais forte. Os dedos dele se curvaram contra a minha língua, encharcando eles na saliva, esfregando lento e fundo como se ele fosse dono do interior da minha boca. E eu não podia fazer nada — não podia respirar, não podia argumentar, não podia sequer pensar — porque puta merda, parecia bom demais e errado demais e muito a cara dele.
— É isso que você quer, certo? — Ele rosnou, puxando os dedos para fora lento, deixando a minha saliva escorrer da mão dele para os meus lábios como uma linha de porra de rendição. — Você não quer a verdade. Você quer que eu cale você com pau e hematomas até que os seus únicos pensamentos sejam sim