Senti sua excitação a ponto de explodir e eu não estava diferente. Ele também sentiu. No entanto sua reação não foi exatamente a desejada. Nem por mim, e aparentemente, nem por ele. O que me deixou ainda mais confusa. Ele nos afastou lentamente e com um pesar quase doloroso. Se encolheu no banco e notei que me queria o mais distante possível. Voltei ao meu banco e arrumei minhas roupas amassadas. O olhei e ele encarava a estrada. Tenso, suas mãos apertavam as pernas com firmeza.
- É melhor eu... Sair... Está tarde e... - começou a se embaralhar com as palavras
- Aconteceu algo? Eu fiz algo errado? - o questionei inconformada
- Não! - virou-se para mim e parecia transtornado - Eu fiz...
- O que? Você tem namorada? É isso? Claro. Perfeito demais pra ser verdade...
- Não! Não. Não, eu não tenho. É só que... Eu não devia ter feito isso.
- Me beijado? - eu entendia cada vez menos o que estava acontecendo
- Me aproveitado