161. A cria
Caroline Hart
O chão abaixo de mim desapareceu.
Era a sensação de como se aquilo fosse irreal. Como se eu não estivesse ali e tudo fosse um cruel pesadelo.
"Damon…"eu segurei a barra da sua roupa na tentativa de não me desequilibrar."
Meu coração parou.
Não de forma figurada — parou mesmo.
Quando vi o berço vazio e a babá caída no chão, um silêncio mortal tomou conta do meu corpo. Um silêncio tão profundo, que por alguns segundos não ouvi minha própria respiração.
Perder o filho. No dia do próprio casamento.
“Quem fez isso?” ele perguntou, os olhos já brilhando com fúria primal. “Quem teve a audácia de tirar meu filho daqui?!”
Corri até o berço vazio, as mãos tremendo, puxando os panos como se, num milagre absurdo, Gael tivesse rolado pra debaixo deles.
Mas ele não estava lá.
“Ela tá viva,” Damon disse sobre a babá, checando os sinais dela. “Dopada. Mas viva.”
“Então alguém entrou aqui. Aqui dentro.” minha voz falhava a cada sílaba.
Damon se ergueu, com os punhos cerrados e os múscu