Meu pescoço esquentou com a atenção, mas permaneci em silêncio, fingindo que toda minha concentração estava voltada para a roupa em minhas mãos, e não para o homem atrás de mim. Por fim, Samuel quebrou o silêncio.
— Vai sair? — Perguntou ele suavemente.
O som de sua voz, naturalmente grave e ainda mais rouca pelo sono, aqueceu minha pele, e por um momento, esqueci até mesmo o que ele havia perguntado enquanto minha mente divagava, calculando os benefícios de ficar para um momento rápido (relativamente falando) com meu parceiro.
Mas a razão prevaleceu e, farejando, balancei a cabeça, ignorando a névoa de desejo que nublava meus pensamentos.
— Sim. — Respondi, tentando soar casual enquanto olhava por cima do ombro. — Treino.
Imediatamente, meu coração disparou ao observá-lo: cabelos bagunçados pelo sono, torso nu, com os lençóis cobrindo sua cintura.
Ninguém — repito, ninguém — tinha o direito de parecer tão perfeitamente lindo logo após acordar, e cheguei à conclusão de que em uma vida