Eu mantive seu olhar por quanto tempo a Deusa da Lua sabia, antes de limpar a garganta e desviar rapidamente o olhar.
— Você deveria ir. — Disse a Samuel, engolindo em seco enquanto me levantava na frente dele e começava a juntar as ferramentas que havia usado. — Vou limpar isso primeiro.
— Maria.
O som do meu nome saindo de sua boca me parou em seco, e com alguma dificuldade forcei-me a encontrá-lo novamente.
Algo na forma como ele me olhava me dizia que ele percebia minha relutância em ficar sozinha com ele.
O anúncio de Vitória para toda a Alcateia sobre meus sentimentos por Samuel pairava entre nós. Era o proverbial elefante na sala que não parecia que iria se mover tão cedo.
Se eu fosse sincera, uma parte irracional de mim estava aterrorizada com a possibilidade de que, ao olhar em meus olhos, Samuel visse todo o meu amor por ele transbordando.
Nesta noite, minhas emoções estavam mais à flor da pele do que nunca. Eu estava perturbada pelo poder bruto da minha atração por