Ponto de Vista de Samuel
Os cortes abertos sangravam, e enquanto eu flexionava a palma da mão, os pedaços de vidro ainda incrustados nela se aprofundavam, deixando uma dor aguda que me fez estremecer enquanto o barulho no salão diminuía.
Eu podia sentir os olhos da minha alcateia sobre mim, pressionando de todos os lados, e naquele exato momento, um Ômega apareceu ao meu lado com uma vassoura, pronto para limpar o vidro quebrado.
— Deixe isso. — Eu rosnei sem querer.
O Ômega congelou, os olhos se arregalando de terror. Após um momento delicado, ele recuou, me dando tempo suficiente para inspecionar a bagunça que eu havia feito.
Eu não percebi que meu aperto na taça estava ficando mais forte até que ela quebrou, e agora eu piscava para tentar clarear a névoa vermelha que começava a encobrir minha visão.
Eu mal conseguia distinguir os rostos dos membros da minha alcateia, e era uma luta conter a raiva enquanto Felipe se lançava contra a barreira de nossa consciência, implorando