Não, ele tinha que sair dessa rapidamente, não podia colocar a mamãe em apuros. Os olhos de Liam giraram nas órbitas, tendo uma ideia.
- Aaaaaaah! Você é um tio malvado que maltrata criancinhas! - Ele começou a chorar.
Ele correu até Douglas e esfregou o ranho e as lágrimas na perna da calça de Douglas.
Douglas, que era um grande maníaco por limpeza, sentiu seu couro cabeludo explodir e quase não conseguiu resistir a dar um chute no garoto.
Ele afastou a criança dele com paciência e o repreendeu friamente:
- Sabe ter medo agora? É tarde demais! Vá lavar suas lágrimas e ranho, depois saia para contar a verdade!
Liam parecia realmente estar com medo e correu para o banheiro com o rosto coberto de lágrimas.
Douglas estava com um olhar sombrio. Esse pirralho tinha uma boca cheia de mentiras. Que mamãe doente? As novelas tinham poluído a mente até mesmo de uma criança tão pequena?
Mas por que diabos aquele pirralho era tão parecido com ele?
Ele franziu a testa, refletindo. Nessa hora, a porta do quarto foi aberta e uma Carolina chorosa, com os olhos vermelhos e inchados, entrou de braços dados com Débora, seguida pela família Bastos.
- O que está acontecendo aqui? Douglas, aquela criança é mesmo seu filho? Você precisa dar uma explicação para a minha Carol! - Disse o pai de Carolina, Sr. Bastos, com cara de mau humor.
- Isso mesmo! Olha que absurdo aconteceu aqui hoje! Onde está aquele garoto? - A Sra. Bastos abraçou Carolina, que ainda estava derramando lágrimas, e enxugou as lágrimas da filha com muito dó.
Douglas bufou friamente enquanto levantava seus olhos na direção deles:
- Explicação? Eu me lembro que não concordei em ficar noivo, qual é o significado da festa de noivado de hoje, quem vai me dar uma explicação?
Os olhares do Sr. Bastos e da Sra. Bastos instantaneamente se tornaram embaraçosos e estranhos, até mesmo a soluçante Carolina parou de chorar, seu rosto ora vermelho, ora branco.
Débora pegou Carolina pela mão e repreendeu Douglas:
- Douglas, a Carol é sua amiga de infância e tem estado ao seu lado todos esses anos sem reclamar, então você deveria ter dado um título a ela há muito tempo! Se não fosse por aquela vagabunda da Stéfanie, a Carol teria sido minha nora há muito tempo...
Ao mencionar o nome de Stéfanie, o rosto frio e elegante de Douglas instantaneamente se tornou gelado como se estivesse coberto por uma camada de geada, e o ar parecia solidificar como se um tabu tivesse sido desencadeado.
Débora teve uma leve mudança em seu semblante diante da atmosfera gélida que envolvia seu filho. Ela estava prestes a tomar uma atitude, quando de repente avistou uma pequena figura se movendo furtivamente em direção à porta. Ela se virou rapidamente, gritando furiosa:
- Pare aí mesmo! Quem é você e como entrou aqui?
A pequena figura na porta usava um moletom com estampa de um gato bobo e fofo de cara gorda todo colorido. Ele virou a cabeça, revelando um rosto delicado e adorável.
Era um pequeno menino desconhecido, muito bonito, com olhos grandes e tímidos. Ele parecia assustado, suas duas pequenas mãos gorduchas torciam nervosamente. Sua voz infantil tinha um tom choroso.
- Eu... Eu estou procurando pelo meu avô, ele está no quarto 307...
Estava claro que a criança havia entrado no quarto errado. Débora impacientemente acenou com a mão, dizendo:
- Este é o quarto 407, saia imediatamente!
O menino encolheu o pescoço e correu para fora, abrindo a porta do quarto.
Douglas ficou olhando para a porta fechada, com a sensação de que algo estava errado. Antes que ele pudesse reagir, Débora e os outros já estavam brigando novamente, e Douglas, distraído com o tumulto, disse em uma voz fria:
- Não saberemos o que está acontecendo até perguntarmos ao garoto!
- Pois é, e onde está o garoto?
Douglas apontou para a porta do banheiro. Carolina foi até lá com muita ansiedade e abriu a porta.
Esse pirralho bastardo que apareceu do nada! Como ele se atreveu a estragar a festa de noivado dela? Ela daria um belo beliscão nas coxas dele primeiro quando entrasse!