CAPÍTULO 61
O morro acordou com energia de festa. Mas não era só música ou risadas — era a força da mudança. RB caminhava pelos becos, observando cada detalhe: barracas improvisadas, meninas treinando passarela, jovens aprendendo dança e expressão corporal, mães conversando e trocando experiências. O morro tinha mudado.
— Chefe, olha isso — disse Júnior, apontando para a quadra central, agora expandida para receber cursos de artes e dança. — Estamos precisando organizar mais espaço.
RB sorriu, os olhos percorrendo cada rosto cheio de expectativa. Cada pessoa que sorria, cada jovem que aprendia, era prova de que a estratégia funcionava. A comunidade estava crescendo em força, mas também em dignidade.
— É isso que eu quero — disse RB, firme. — Mais oportunidades, mais disciplina, mais futuro. O morro não é só força bruta. Ele é inteligência, coragem e oportunidade.
Lavínia, com a barriga grande, coordenava as oficinas. Sua presença era centro de atenção e carinho. Cada gesto, cada