— Hum! Acreditei que você soubesse, Maria. — Digo expressando meu pensamento de agora a pouco.
— Não sabia. Pensei que você me enxergaria apenas como sua psicóloga. Você é a minha segunda amiga nessa cidade. — Estranho as suas palavras e não disfarço. — Algumas mulheres daqui da empresa não gostam do meu jeito.
— Não entendo, você é uma pessoa maravilhosa, Maria. — Os olhos dela encheram-se de lágrimas não derramadas.
— Agradeço, Bea. Você já notou que sou muito sincera em minhas respostas. Se você me pergunta se o vestido que você comprou é bonito e eu não achar, então direi isso a você sem enrolação. As mulheres daqui parecem que quer alguém para ficar adulando, beijando o chão que elas pisam. Não tenho tempo para isso. — Sorriu ao observar a sua fisionomia indignada. — Não me sobra muito tempo para sair ou bater papo com meus vizinhos. Meu tempo dedico aos meus filhos e quando tiro férias, nós três viajamos ou visitamos meus pais no Rio de Janeiro.
— Gosto de seu jeito, Maria. Cost