NICHOLAS
O miserável chorava.
— Senhor Nicholas, peço perdão. Fiz isso porque achei que era a única maneira de trazer você de volta para perto de seu pai. Eu via o amor que você sentia por aquela jovem, mas acreditava que, se não agíssemos, você se distanciaria dos negócios da família. Não sabia que ela estava grávida, muito menos que você a amava tanto. Naquela época, vocês dois ainda eram muito jovens…
As palavras dele eram como lâminas cortando minha paciência.
— Repugnante! — cuspi as palavras, sentindo minha fúria crescer. — Acha que saber disso agora faz alguma diferença?
Minhas mãos tremiam, meus punhos cerrados.
— Pai, se você não mandar esse homem embora, eu mesmo darei um fim nisso.
Minha voz estava tão alta que minha garganta ardia. O ar parecia pesado, carregado de rancor.
— Se ele continuar aqui, você nunca mais verá sua neta. Entendeu? Eu exijo que ele saia desta casa!
Meu pai me encarou, seu rosto rígido, mas com um brilho de incerteza nos olhos.
— Meu filho… ele não ag