NICHOLAS
Mas garanti a mim mesmo que ela não faria isso novamente, ou eu não me responsabilizaria pelas minhas ações. Contudo, por mais que estivesse furioso, sabia que jamais levantaria a mão contra ela. Eu poderia fazê-la sofrer de outras maneiras, poderia provocá-la até que desejasse fugir de mim, mas nunca seria capaz de machucá-la fisicamente.
Ainda assim, ela me olhou com desprezo. Seu olhar carregava uma fúria contida, uma dor que ela se recusava a deixar transparecer completamente.
— O dinheiro te transformou em alguém arrogante — sua voz saiu fria, cortante. — Um homem sem sentimentos, sem alma.
Suas palavras atingiram um ponto que eu não queria admitir. Mesmo que estivesse furiosa ou assustada, ouvir aquilo de sua boca foi como um soco no estômago. No entanto, não deixei transparecer. Vesti minha máscara de indiferença, como sempre fazia, e apenas sorri de canto.
— É mesmo? — desafiei, mantendo o tom calmo, quase debochado.
Quando mencionei outra mulher, vi sua expressão se