Capítulo 22

SARAH

Como pode uma pessoa passar tanto tempo sem interagir sexualmente e, quando finalmente o faz, não sentir absolutamente nada? Não deveria ser o contrário? O desejo reprimido explodindo, a necessidade se tornando insaciável? Mas não. Foi como beijar o vento, tocar o vazio. Uma experiência mecânica, sem qualquer emoção, sem qualquer vestígio de prazer.

Talvez seja uma maldição. Uma punição imposta pelo ingrato que partiu sem se despedir, levando consigo mais do que deveria. O pior é que não posso culpá-lo. Encontrou seu pai. Um reencontro que eu jamais impediria. Eu aceitaria, compreenderia. Sentiria saudades, claro, mas ao menos teria a certeza de que ele estava bem.

O problema é que eu não tenho essa certeza.

Penso nisso mais vezes do que gostaria. Tento me convencer de que sua ausência não deveria afetar tanto. Mas as noites vazias e os dias monótonos me mostram o contrário. Dedicar meu tempo ao ingrato? De forma alguma. Melhor focar nas minhas conquistas e no que realmente me t
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