Cap.70
O motorista entrou novamente no carro, com movimentos quase ensaiados, como se o simples ato de olhá-los pudesse ser sua sentença de morte. Em silêncio absoluto, ele deu partida no veículo e voltou a seguir pela estrada envolta pela escuridão da floresta.
De repente, um soluço rompeu o silêncio dentro da cabine. Maya, com os olhos marejados e a cabeça levemente abaixada, tentou conter o choro, mas falhou.
Kan a olhou, confuso, sua expressão endurecida se contraindo levemente com a vulnerabilidade dela.
— O que há de errado agora?
Ela não respondeu de imediato. Com os dedos trêmulos, puxou o tecido do vestido tentando ver o próprio ombro, como se quisesse arrancar algo invisível da pele. O choro continuava, mas era contido, quase sussurrado.
— Quero ver... a marca... — murmurou.
Kan respirou fundo, desviando o olhar por um segundo sua expressão endureceu, mas não de aborrecimento, mas nervosismo ao pensar o que aquilo representava agora.
— Você não vai conseguir ver. Só é visíve