Cap. 109
Cap. 109
Maya narrando
— Você vai me deixar ir ou pensa em me manter prisioneira? — perguntei, encarando o aparelho na palma da mão dele.
— Não pretendo causar uma guerra entre irmãos.
Devolvida ao mundo. Foi isso que ele disse. Ele insiste em afirmar que sou essa tal lenda extraordinária, mas com certeza está enganado.
Mas, por mais que eu tentasse, não conseguia me sentir em paz. Era como se, a cada resposta que eu recebia, dez novas perguntas nascessem dentro de mim.
Respirei fundo. Um turbilhão girava dentro de mim. Algo me fazia olhar para ele de novo — como se já tivesse feito isso antes — e confiar o suficiente para pegar o celular de sua mão.
Era como se o conhecesse de outra vida. Estranho como posso ter a sensação de já ter estado com ele, mais do que com Kan, mesmo sentindo que meu vínculo com Kan era algo que sempre existiu.
Fiquei ali. Parada. A centímetros dele.
Meus olhos presos nos dele enquanto ele esperava que eu tomasse uma atitude.
— Você parece saber de muita cois