Cap. 52 Não gostamos de você.POV Samuel Kan.— Três candidatos… passaram com cem por cento de acerto... — ela comentou com espanto— O quê? — alguém sussurrou.— Os candidatos Ayel, Noam e Lior — ela disse pausadamente, como se mal acreditasse nas palavras — tiveram rendimento total. Cem por cento. Gabaritaram a prova.Eu caí para trás na poltrona. Literalmente.Fiquei ali, de boca entreaberta, olhos arregalados, sentindo meu cérebro falhar por um segundo.Cem por cento?Essas crianças mal sabiam amarrar os sapatos! Ou sabiam? O jeito que andavam, a confiança, os olhares... Estariam enganando todo mundo? Ou seriam realmente prodígios?Mas o que mais me perturbou foi a reação deles, nada de comemoração.Nada de euforia.Apenas se entreolharam, sorriram de lado e fizeram um toque de mãos discreto, como quem fecha um negócio.Arrogantes, Seguros. Letais, ainda assim... isso é tão familiar.E enquanto todos olhavam boquiabertos, Maya os encarava como se o chão tivesse sumido sob os pés.
Cap. 53 primeiro dia.Mas no dia seguinte…Cenário: Kan Industries – Torre Corporativa, 78° andarMaya chegou com um blazer emprestado, um crachá improvisado e a alma pronta para sair correndo na primeira brecha.— Só preciso evitar ele. Fácil. Um prédio desse tamanho... deve ter centenas de departamentos.Infelizmente, não.A recepcionista a atendeu e então a encarou, surpresa. Todos pareciam se perguntar quem ela era por algum motivo, mas ninguém ousou lhe dirigir a palavra.— Senhora... — Maya suspirou, com a voz embargada.— Andar superior, sala presidencial. Seu crachá estará pronto ao final da tarde. Use seu cartão de identificação sempre que sair. Além disso, é proibido perambular por departamentos aos quais você não pertence. Tome bastante cuidado por onde pisa. O senhor Kan é extremamente rigoroso — avisou de forma rápida e meticulosa, enquanto Maya a encarava sem reação, gravando cada palavra como se sua vida dependesse disso.Em seguida, ela saiu do elevador e Maya a seguiu
Capítulo 53 – Meu lobo te reconhece.POV MayaEu devia ter saído da sala. Entregado a roupa, dado meia-volta e sumido no corredor mais próximo. Mas ele estava ali. De costas para mim, encostado na mesa limpando o corpo com um lenço, vários já estavam no chão sujos com o café que sujou até mesmo seu cabelo, os músculos rígidos como aço e cobertos por manchas do café derramado, limpando-se de maneira impaciente, como se quisesse arrancar da pele o próprio constrangimento. A raiva que ele sentia era evidente, vibrava no ar como eletricidade.Engoli em seco e dei dois passos, meus olhos firmemente grudados no chão.— Aqui estão as roupas extras, senhor Kan — murmurei, segurando a camisa, o blazer e a gravata com as duas mãos como se fossem um escudo.Ele virou o rosto na minha direção, mas não falou nada. Só me lançou aquele olhar de aço cortante, e foi quando ele soltou.— Me ajude a tirar toda essa meleira, não sei o que aconteceu de estranho, até meu cabelo está pingando o expresso.Me
— Eu não esperava que ela me empurrasse.Lana me levou até o mirante como costumava fazer nos dias bons. Ela me ajudou a andar, pacientemente, enquanto eu reaprendia tudo do zero desde que saí do coma. Quando o sol começou a aquecer os jardins da mansão, ela riu alto, como se o mundo tivesse sido feito só para ela. Caminhamos em silêncio até a beira do lago. Ela parou, encarando a água com um brilho estranho nos olhos. — Você sabe quem está vindo à mansão hoje? — ela perguntou, e eu a encarei confusa. — Não sei bem, parece que nossos pais vão receber um alpha? — Não é qualquer alpha... e meus pais ouviram algo dos anciões, que o alpha, após pisar na cidade, encontraria sua Luna, e ele de repente está vindo para nossa casa. Não é incrível? — ela perguntou empolgada, mas eu baixei os olhos com desânimo. Com certeza ela poderia estar ao lado do alpha. Era bonita, inteligente e forte. Ela era realmente talentosa. — Eu não sei muito sobre isso... mas se pode controlar quem o destino es
Cap. 2 Lançada para a morte;Tudo aconteceu rápido demais.O impacto foi brutal. O frio cortou minha pele como lâminas invisíveis e meus pulmões arderam, implorando por ar, mas eu Afundava cada vez mais, como se o lago quisesse me engolir inteira.Lá em cima, entre as ondas, vi o rosto dela sereno, cruel. Eu a implorei com o olhar, mas Lana apenas virou as costas, desaparecendo como se fugisse de algo... ou de alguém quando olhou assustada a direção contraria, mas seja quem for, não conseguiria me ver na profundidade que eu já estava.Nunca aprendi a nadar. Meu corpo lutava por instinto, mas era inútil, meu corpo afundava quanto mais eu me debatia.De repente, não estava mais no lago, tudo ao meu redor se transformouEstava em um campo de batalha, era como se tivesse sido teletransportada para outra épocaEspadas colidiam com estrondo, a guerra explodia ao meu redor. Lobos enormes corriam em disparada, seus uivos se misturando aos gritos de feiticeiros e magos.Em minhas mãos, uma espa
Cap. 3: Rumores de armação.— como assim... vocês querem que eu me case com o alfa. — perguntei sentindo minhas pernas tremerem.Disseram que eu tinha um parceiro, mas não revelavam muitos detalhes. Imaginei que se tratava de algo complexo, que eu precisaria reconhecer meu parceiro e ele a mim. Como podiam escolher algo assim para mim? Eu nem mesmo conheço ele, eu nunca julguei Lana por ter macula por esse alfa, mas... o que eu tenho a ver com isso dizem que ele tem centenas de anos...?— Não se preocupe, Samuel Kan é um homem inteligente e bonito — disse minha mãe, demonstrando insegurança e desviando o olhar. Isso me deixou ainda mais intrigada, com certeza ele não é isso.— Mamãe... vocês me ofereceram a ele?— Nunca faríamos isso! — protestou ela.— Mas... de repente Samuel Kan se interessou por uma de vocês.— Tem certeza que não foi por minha irmã Lana? — perguntei esperançosa.— Não é sua irmã, ele foi bem claro. Além disso, foi naquele... — meu pai ia dizer algo, mas minha mãe
Cap.4: Trama dos trigêmeos.Samuel KanA aurora despontou, anunciando o dia do meu casamento. No entanto, meu coração não pulsava com a alegria habitual de um noivo. Em vez disso, era tomado por uma mistura de ansiedade e melancolia.Horas antes da cerimônia, eu me encontrava em meu escritório, cercado por uma comitiva de líderes das empresas da nossa família.Eles discutiam animadamente sobre os detalhes do casamento, enquanto eu me perdia em pensamentos sobre Maya. Será que ela já havia chegado?Com dificuldade, tentava me concentrar nas palavras dos anciões, mas meus pensamentos se voltavam para ela, a mulher que amava e que havia sacrificado sua vida para me salvar. O casamento arranjado com outra mulher era apenas um meio para um fim, uma exigência da deusa do destino que eu precisava cumprir para poder encontrá-la novamente.Quando ela tinha morrido em meus braços, a deusa do destino me garantiu que ela renasceria e eu aceitei a derrota naquele dia, ela tinha me salvo por um triz
Cap.5: aprisionada em meus braços.Samuel KanCom um urro gutural, me libertei das mulheres que me prendiam e saltei pela janela. Em minha forma de lobo, a poção que meus irmãos me deram teria menos efeito, mas ainda assim, meu tempo era curto.Os estilhaços do vidro da janela quebrada cortaram minhas patas enquanto eu aterrissava dois andares abaixo. Por um instante, pensei ter visto um vulto em cima de uma árvore, ou talvez... uma mulher? Mas isso não importava agora. A poção me confundia, e minhas visões podiam ser enganosas.Continuei correndo entre as árvores, cambaleando a cada passo. Minha visão turva dificultava a fuga, e eu sabia que meus irmãos logo enviariam alguém em meu encalço. Precisava encontrar um lugar para me esconder e ativar um bloqueio mágico.Minha forma de lobo era imponente, comum para um lobo de guerra. Meu tamanho e pelo acinzentado quase prateado me tornavam um alvo fácil. Era difícil me esconder entre as moitas, ainda mais sob o efeito da poção.De repente