Capítulo XLVIII.
"Acabem com o assassino da vossa mãe."
Isa sentiu o seu mundo ficar ainda mais cinzento.
-Por quê? -gritou com voz embargada, sentindo um ardor tão insuportável que parecia que o próprio fogo do inferno lhe ardia no peito. -Porque me dizes agora, depois de tanto tempo! Pai, porquê?
-Porque queria ser eu a acabar com ele, mas se é verdade que não queres estar ao lado dele e o fazes de vítima, elimina-o de uma vez por todas", propôs Ranor maliciosamente.
Ela olhou para o objeto que tinha nas mãos, enquanto as lágrimas quentes se acumulavam por detrás das pálpebras.
-Vai e volta só quando tiveres matado o inimigo. Nesse dia, dar-te-ei a liderança desta alcateia.
Saiu desorientada, com o punhal nas mãos à vista de todos e, nesse momento, Nestor chamou-a por trás.
-Espera, irmã, abençoada seja a deusa! -. Mas Isa estava tão imersa no seu novo tormento que não olhou para trás e continuou a andar, mas Nestor alcançou-a e agarrou-a pelos ombros.
-Isa, porque me ignoras? perguntou ele, e vendo