Parte 3...
— E por que está me dizendo isso, Lorenzo?
— É que se sua participação no golpe dado na empresa, for confirmada... - ele fez um som fino entre os dentes — Acho melhor você começar a se acostumar a ser apelidada, a não ser que seja boa de briga.
Por um instante ela ficou boquiaberta, mas aos poucos sua mente começou a pegar de novo, raciocinando o que ele lhe dizia, ainda sem sentido, mas vindo dele, tudo era possível.
— Espera... - ela ergueu a mão — Você está falando sobre o que, Lorenzo? Golpe na empresa? - mexeu a cabeça inquieta e agora curiosa — Que golpe é esse?
Ele deu uma risadinha cínica, andou até o sofá e sentou no encosto de braço.
— Não vá me dizer que você não sabe do que está acontecendo por lá? - ele cruzou os braços — Os funcionários estão todos a ponto de explodir de nervosismo, correndo de um lado para outro com pastas, gravações, documentos... E você não sabe de nada? - riu mexendo os ombros.
— Se eu soubesse, não estaria lhe perguntando.
Ele puxou o ar