DAVINA
O caminho de volta da casa de Pryia foi feito em silêncio, apenas o ronco baixo do motor e o som distante da cidade preenchendo o vazio dentro do carro. Eu estava no banco da frente, ao lado de Meia-noite, enquanto Aaron, Timmy e Gutemberg dividiam o banco de trás.
Quando paramos na lanchonete para pegar algo rápido, todos compraram seus lanches e voltaram para o carro. O cheiro de batatas fritas e hambúrgueres tomou conta do ambiente enquanto cada um se ocupava com sua comida. O rádio tocava uma música qualquer, abafada pelos mastigares e pelo silêncio carregado de tensão.
Foi então que Gutemberg limpou a boca com o dorso da mão, largou o sanduíche no colo e limpou a garganta.
— Parece que Aaron e Timmy estavam certos. Sua irmã ainda sente algo por mim.
O barulho de papel amassado parou. Meus dedos apertaram o copo de refrigerante. Ninguém disse nada.
— Ela tentou me beijar.— ele explicou.
— Eu sabia! — Aaron gritou, alheio a minha expressão.
Timmy fez um som de desgosto.
Meia