— Escocês ou norueguês? — André indaga assim que entramos no seu escritório.
— Tanto faz — ralho, fechando a porta e encaro as suas costas largas com apreensão.
— Tanto faz é um descaso, irmão caçula. A resposta certa seria escocês, mas tudo bem! — Ele me estende um copo.
— Eu preciso te contar uma coisa muito séria.
— Não me venha de falar de trabalho agora, Eri...
— Não se trata de trabalho, é... sobre a Eva.
— Há, se vai falar sobre aquela gostosa lá na sala, fique à vontade! Cara, dessa vez você acertou em cheio, que garota...
— Deixa de ser babaca, André! - Ele respira fundo e engole o seu sorriso, arqueando as sobrancelhas em seguida.
— Ok, falando sério agora. O que quer falar sobre a Eva? Só não me diga que desistiu da garota, porque...
— Ela é casada — digo de uma vez e levo o copo a boca, no entanto, André o confisca e o leva para longe de mim.
— Nesse caso, precisamos de uma dose tripla. — Ele resmunga e volta para o bar de canto, enche o copo até a borda e bebe todo de uma