VIRGÍNIA
Quando o motorista enviado pelo Murilo chegou para me buscar no local combinado por telefone para servir como ponto de encontro, eu estava me sentindo culpada e bastante tensa.
Após conversar com a Mariana, para quem eu já havia contado tudo o que estava acontecendo entre o Murilo e eu, ela só faltou me puxar as orelhas, de tão contrariada com a minha atitude que ela pareceu ficar.
— Você só pode estar louca, Virgínia!
Ela quase estava a gritar, mas acredito que se controlou por estarmos almoçando na minúscula copa de nossa loja e uma vendedora poderia chegar a qualquer momento.
— Eu tenho medo, Mari. — Eu repeti aquilo que já tinha dito para ela. — Eu não sei nada sobre o mundo do Murilo, a não ser aquilo que está nas revistas ou sites de fofoca todos os dias.
— Você pode aprender, criatura! — A Mariana rebateu. — O que você não pode, é deixar escapar alguém como o Murilo, que sempre faz questão de deixar claro o quanto você é especial para ele.
Eu preferi