Dominic LexingtonParei de beijá-la quando senti os lábios tão quentes quanto a pele. Ela praticamente me queimava, e não era como se eu não gostasse da sensação, mas Baby poderia acabar piorando se eu entrasse nela. Disposto a parar, ainda que fosse uma maldita tarefa difícil, a afastei de mim. Tirando-a de cima do local inchado no qual ela estava sentada e completamente nua, eu me levantei em seguida.— Fique aí. Vou pegar uma toalha para você.Baby continuou imóvel, exatamente do jeito em que eu a coloquei. Quando retornei com um roupão, envolvi o corpo nu e a levei de volta para a cama, em meu colo. Eu não queria que ela andasse mais do que o necessário, considerando o caminho longo que ela percorreu de volta para a nossa casa.Nossa casa?Porra! Eu estava começando a enlouquecer.Ver os machucados nos lábios me deixava na borda da irritação. Mas ela não merecia conhecer meu lado cruel, então eu apenas mantinha em mente que precisava continuar calmo.Me deitei ao lado dela na cama
Baby Ortiz.Minha garganta estava ardendo em um nó preso, e tão bem instalado ali que pareceu nunca mais descer. Eu o encarei, olhando no fundo dos olhos ciumentos do Dominic, mas não pude reconhecê-lo. Olhar para ele foi como ver um buraco negro do qual, se encarasse por muito tempo, seria sugada para dentro. Tomada por um desespero, deixei que as lágrimas deslizassem pelo meu rosto.Eu ainda estava febril, mas não sentia nada além do meu corpo frio. Minha mão estava gelada quando a raspei contra a nuca suada. Voltei a encará-lo, ainda que aquilo fosse doloroso. Nunca falava sobre isso, e nem deveria. Antes de abandoná-los, prometi para mim mesma que não tinha mais família além da minha avó. Eu não tinha mais ninguém no mundo, e quando ela partisse...Mesmo com o peito em chamas, eu continuei. – Sei que não falo muito sobre o meu passado, mas isso é por que ele dói. Não é fácil falar que meu pai desapareceu quando ainda era uma criança, ou que minha mãe amou tão intensamente seu novo
Dominic Lexington Trouxe a senhora Magdalena para visitar a neta enquanto eu estivesse fora. Não que fosse prudente deixar que uma idosa ficasse na minha casa cheia de armas, quando ela tinha uma condição mental tão instável. Ainda assim, Dilan estaria ao lado da minha mulher para proteger qualquer tipo de avanço da senhora senil.Quando a deixei sozinha, percebi que não seria capaz de deixar a mulher sair da minha vida, porque somente a ideia de estar longe dela por alguns dias deixava-me irritado. A partir dessa sensação, decidi algo que mudaria a vida da minha garota para sempre. Mudaria as nossas vidas...Desembarquei na Itália às dez da manhã de um sábado chuvoso. Entrei no carro a minha espera na pista de pouso, e esperei que dois outros nos seguissem até a casa do Cavalieri. Tinha coisas a acertar aonde ninguém seria capaz de nos ouvir. Ao passo em que assim que o carro parou em frente a uma casa no local um pouco mais isolado, desci apressado. Eu só queria enfrentar tudo de u
Dominic Lexington Balancei a cabeça ao confirmar toda a merda. Doía na minha alma saber que eu a deixei nas mãos de um crápula. Era uma tortura pensar que eu estava saindo com mulheres espetaculares que se entregavam inteiramente a mim, mas que nunca me fizeram sentir metade do que a minha garota foi capaz de fazer apenas ao me tocar, apenas quando eu olhava no fundo dos olhos dela, porra.Sempre foi amor? Porque eu a amava, certo? Somente amor poderia doer dessa forma. Somente amor me deixaria tão doentio a ponto de pensar que mataria qualquer filho da puta sobre essa terra, e tudo por ciúme dela. Porra! – Cesare se levantou. – Eu odeio traição. Eu vou arrancar a cabeça do desgraçado assim que o encontrar.Olhei para o Cavalieri, e ele tinha as pontas das orelhas vermelhas, como se também tivesse cometido um erro grave. Um que eu sabia nomear quem era perfeitamente, e que estava prestes a se casar. Mas eu nunca trairia nenhum dos dois, então toda a situação estava me deixando ainda
Dominic Lexington 2 anos antes, no dia do casamento...Usava um terno branco num dia ensolarado, embora estivesse dentro de uma grande catedral católica. Eu não era o tipo de homem que sorria com frequência. Na verdade, controlar qualquer emoção fazia parte de mim de maneira tão enraizada que mal podia me lembrar quando fora a última vez em que mostrara os dentes em público.Olhei para a decoração da igreja. As flores-do-campo, por que sabia que Melanie as adoraria tanto quando as do sítio de sua avó. As paredes adornadas em ouro que contrastava com a pureza de todo o resto. Tudo milimetricamente planejado por mim, de maneira que nunca pensei que faria.Eu nunca na vida imaginei que seria um homem que sonhava em se casar, ou que daria graças a deus por ter tido um casamento arranjado, mas era o que acontecia naquele momento. Eu sempre recebia fotos da minha noiva, embora ela não fizesse a menor ideia de que eu as tinha em meu celular. E pensando nisso, desbloqueei a tela e encarei o s
Dominic LexingtonA música no salão não passava de uma maldita distração. Eu cumprimentei dois homens mal-encarados quando entrei, e de alguma maneira, eles sorriram assim que puseram os olhos sobre mim. Talvez, o fato de estar entre os vinte homens mais ricos do mundo fosse o segredo. Parei diante de um palco, com uma extensão de passarela montada. Aquilo não era o tipo de coisa que eu costumava concordar, mas estava de saco cheio da monotonia que tenho passado desde que a minha noiva. Não, ex noiva... Enfim, eu não pretendo pensar naquela filha da mãe agora.Um homem anunciou que o leilão começaria em apenas cinco minutos, e todas as pessoas procuraram seus respectivos lugares a partir daquele momento. Não se enganem. Não havia mulheres nesse lugar, exceto, as que entrariam no palco, e elas, bom... elas seriam a mercadoria.Procurei por uma cadeira e me sentei na primeira fileira. A placa estava bem ao meu lado, e eu não tinha qualquer intenção de levantá-la esta noite. Meus pensame
Baby OrtizEu prendi a minha respiração, estalei os dedos e me preparei para o pior. Olhando aqueles homens sedentos, sentados em suas cadeiras, e os valores que as mulheres receberam, eu me sentia enjoada. Eu não queria estar nesse lugar, mas não era como se tivesse alguma escolha. Fechei os olhos e me preparei para entrar no palco. ‘Confiança. Você consegue! Você consegue!’, repeti isso na minha cabeça umas mil vezes, coloquei um sorriso qualquer, e andei até o palco.Uma falha, e eu sabia das consequências severas que me esperavam. A celebrada da noite. A minha virgindade estava prestes a ser vendida. Que ótimo... Como se eu precisasse de mais esse problema.– Direto do país com a maior quantidade de vencedoras do miss universo, Venezuela! – Talvez não seja possível notar, mas o desgraçado me empurrou. Eu voltaria e daria um chute nele, se eu pudesse. – Vinte e um anos, dança balé. E a surpresa da noite, senhores. Ela é virgem. Nossa, uma grande merda!Andei como se aquela passar
Dominic Lexington Os olhos dela estavam mais que saltados. Eu podia sentir o corpo dela se tremendo, quando me posicionei atrás e colei minha boca naquela orelha linda. – Indo a algum lugar?– E... Eu. Eu estava tentando ir ao banheiro.Apertei com um pouco mais de força. – Nunca minta para mim, amor. Não vai gostar de me deixar com raiva! Segurei na mão daquela mulher, e merda... Ela era mais linda pessoalmente. Eu estava louco para levá-la para casa. Eu a queria na minha cama com urgência. Caminhei pelo salão, enquanto sentia como os passos dela eram vacilantes.– Tem certeza que vai fazer isso? – Meu caminho foi interrompido. Eu estava irritado. – Ela vai descobrir!– Porra! Sai da minha frente. – Eu sentia os olhos dela em mim. Eu sabia que a mente estava cheia de perguntas, mas apreciei que ela as deixou dentro de sua cabeça. Todas as mulheres com quem costumava sair falavam demais.– Sua noiva não vai gostar. Pelo amor de Deus, Dom! – O irmão dela tentou argumentar.Que se foda