Dominic Lexington Trouxe a senhora Magdalena para visitar a neta enquanto eu estivesse fora. Não que fosse prudente deixar que uma idosa ficasse na minha casa cheia de armas, quando ela tinha uma condição mental tão instável. Ainda assim, Dilan estaria ao lado da minha mulher para proteger qualquer tipo de avanço da senhora senil.Quando a deixei sozinha, percebi que não seria capaz de deixar a mulher sair da minha vida, porque somente a ideia de estar longe dela por alguns dias deixava-me irritado. A partir dessa sensação, decidi algo que mudaria a vida da minha garota para sempre. Mudaria as nossas vidas...Desembarquei na Itália às dez da manhã de um sábado chuvoso. Entrei no carro a minha espera na pista de pouso, e esperei que dois outros nos seguissem até a casa do Cavalieri. Tinha coisas a acertar aonde ninguém seria capaz de nos ouvir. Ao passo em que assim que o carro parou em frente a uma casa no local um pouco mais isolado, desci apressado. Eu só queria enfrentar tudo de u
Dominic Lexington Balancei a cabeça ao confirmar toda a merda. Doía na minha alma saber que eu a deixei nas mãos de um crápula. Era uma tortura pensar que eu estava saindo com mulheres espetaculares que se entregavam inteiramente a mim, mas que nunca me fizeram sentir metade do que a minha garota foi capaz de fazer apenas ao me tocar, apenas quando eu olhava no fundo dos olhos dela, porra.Sempre foi amor? Porque eu a amava, certo? Somente amor poderia doer dessa forma. Somente amor me deixaria tão doentio a ponto de pensar que mataria qualquer filho da puta sobre essa terra, e tudo por ciúme dela. Porra! – Cesare se levantou. – Eu odeio traição. Eu vou arrancar a cabeça do desgraçado assim que o encontrar.Olhei para o Cavalieri, e ele tinha as pontas das orelhas vermelhas, como se também tivesse cometido um erro grave. Um que eu sabia nomear quem era perfeitamente, e que estava prestes a se casar. Mas eu nunca trairia nenhum dos dois, então toda a situação estava me deixando ainda
Dominic Lexington 2 anos antes, no dia do casamento...Usava um terno branco num dia ensolarado, embora estivesse dentro de uma grande catedral católica. Eu não era o tipo de homem que sorria com frequência. Na verdade, controlar qualquer emoção fazia parte de mim de maneira tão enraizada que mal podia me lembrar quando fora a última vez em que mostrara os dentes em público.Olhei para a decoração da igreja. As flores-do-campo, por que sabia que Melanie as adoraria tanto quando as do sítio de sua avó. As paredes adornadas em ouro que contrastava com a pureza de todo o resto. Tudo milimetricamente planejado por mim, de maneira que nunca pensei que faria.Eu nunca na vida imaginei que seria um homem que sonhava em se casar, ou que daria graças a deus por ter tido um casamento arranjado, mas era o que acontecia naquele momento. Eu sempre recebia fotos da minha noiva, embora ela não fizesse a menor ideia de que eu as tinha em meu celular. E pensando nisso, desbloqueei a tela e encarei o s
Baby Ortiz.Dois dias sem vê-lo... Claro que eu estava feliz com a minha vida, mas me sentia sozinha. Deitada na cama que parecia pertencer a mim, abri os olhos afoita ao escutar sons do lado de fora. Ansiosa, sai da cama sem me importar com o que estava vestindo, ou com quem seria capaz de me ver. Meus passos rápidos levaram-me direto ao corredor, onde bloqueei qualquer pensamento racional.— O que está acontecendo... Aqui... – Parei de repente quando o vi ali, com seu sorriso enorme.Toda a suntuosidade, as roupas impecavelmente alinhadas em seu corpo musculoso, e a forma como ele me olhava com intensidade disseram-me que eu deveria correr até ele e abraçá-lo como se a minha vida dependesse disso. Pensando assim, acelerei os passos novamente. Era quase uma corrida, mas estranhamente, Dominic permaneceu em seu lugar. O corpo dele estava tenso, e somente quando cheguei perto, notei que a minha avó estava logo atrás, saindo de seu esconderijo em forma de músculos em um homem absurdamen
Baby Ortiz.Dom permaneceu ao meu lado o dia inteiro quando chegou. Ele parecia mais calmo, e mais protetor, como se desejasse me fazer esquecer das minhas últimas aflições. Se ele ao menos soubesse que aquilo que passara da última vez não chegava perto de todos os horrores, tinha certeza de que ficaria louco, e eu certamente não saberia lidar com isso.Sentia-me tão intensamente apaixonada enquanto o encarava. Eu estava dentro da piscina, enquanto ele continuava sentado em baixo de um sombreiro. Os olhos fixados no computador, realizando algum tipo de trabalho meticuloso do qual eu não deveria estar a parte.Sabendo disso, mergulhei mais um pouco, sentido a confusão do meu cabelo longo ao flutuar pela água. Ao me erguer, percebi todos os soldados de costas para nós. Era estranho pensar que para que eu ficasse de biquíni, Dom havia ordenado que ninguém mais pudesse me ver. — Hei? – Gritei, atraindo a atenção dele. – Por que você não vem?Mantinha-me flutuando em um nado meio desengo
Baby Ortiz.Depois que a minha avó foi embora, me vi a visitando algumas vezes por semana. Claro que Ava estava sempre ao meu lado. Mais precisamente agarrada ao meu braço. Não sabia o que se passava na cabeça dela, mas tinha a ligeira desconfiança de que pensava que o lugar todo era um manicômio.Quer dizer, posso entender o pensamento. Havia alguns gritos. Mas eles eram bem tratados aqui. O lugar mais parecia uma mansão cheia de quartos, que uma casa de repouso. Claro que não havia escadas. Os cuidadores disseram-me que a Sant Mary não poderia ter nada que ocasionasse ossos quebrados em seus internados.— Por favor, vamos embora. Até os pelinhos da minha bunda estão arrepiados. Esse lugar é sinistro. — Ela se agarrou ainda mais ao meu braço.Olhei para a minha amiga encolhida, a um passo levemente atrás do meu. Os olhos dela eram como os daqueles gatos assustados dos desenhos animados. – Não seja medrosa! – Ralhei. – Ninguém vai fazer mal a você. Na verdade, ninguém aqui faria mal a
Dominic LexingtonA música no salão não passava de uma maldita distração. Eu cumprimentei dois homens mal-encarados quando entrei, e de alguma maneira, eles sorriram assim que puseram os olhos sobre mim. Talvez, o fato de estar entre os vinte homens mais ricos do mundo fosse o segredo. Parei diante de um palco, com uma extensão de passarela montada. Aquilo não era o tipo de coisa que eu costumava concordar, mas estava de saco cheio da monotonia que tenho passado desde que a minha noiva. Não, ex noiva... Enfim, eu não pretendo pensar naquela filha da mãe agora.Um homem anunciou que o leilão começaria em apenas cinco minutos, e todas as pessoas procuraram seus respectivos lugares a partir daquele momento. Não se enganem. Não havia mulheres nesse lugar, exceto, as que entrariam no palco, e elas, bom... elas seriam a mercadoria.Procurei por uma cadeira e me sentei na primeira fileira. A placa estava bem ao meu lado, e eu não tinha qualquer intenção de levantá-la esta noite. Meus pensame
Baby OrtizEu prendi a minha respiração, estalei os dedos e me preparei para o pior. Olhando aqueles homens sedentos, sentados em suas cadeiras, e os valores que as mulheres receberam, eu me sentia enjoada. Eu não queria estar nesse lugar, mas não era como se tivesse alguma escolha. Fechei os olhos e me preparei para entrar no palco. ‘Confiança. Você consegue! Você consegue!’, repeti isso na minha cabeça umas mil vezes, coloquei um sorriso qualquer, e andei até o palco.Uma falha, e eu sabia das consequências severas que me esperavam. A celebrada da noite. A minha virgindade estava prestes a ser vendida. Que ótimo... Como se eu precisasse de mais esse problema.– Direto do país com a maior quantidade de vencedoras do miss universo, Venezuela! – Talvez não seja possível notar, mas o desgraçado me empurrou. Eu voltaria e daria um chute nele, se eu pudesse. – Vinte e um anos, dança balé. E a surpresa da noite, senhores. Ela é virgem. Nossa, uma grande merda!Andei como se aquela passar