Eliz
— Margarida, providencie jóias, sapatos e roupas para ela.
Ele colocou uma pequena bolsinha de couro no cinto, virou-se no balcão e várias moedas de ouro reluzente caíram, tilintando.
A fada levantou as asas cintilantes e começou a tirar minhas medidas com alegria, praticamente voando. Quando mediu a cintura, olhei desconcertada para Calendi, que pigarreou.
— Melhor que não marque a cintura.
— Como não? Vai parecer que está grávida...
com esse tecido... — Ela parou e olhou de um para o outro com um sorriso maroto.
— Está... esperando? — A fada quase engasgou e os olhos esbugalharam. Parece que fofoqueiras são iguais em todos os reinos.
Fiquei calada — eu ainda não sabia exatamente as regras deste mundo.
— Está, Margarida. Aproveite e já comece a costurar um enxoval luxuoso. Terá algum tempo até o nascimento.
Ao sairmos da loja, deixamos Margarida entusiasmada com nossos pedidos. Prometeram que meus vestidos chegariam amanhã. Quanto ao enxoval, ela iniciaria o básico, mas