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227-CAÇULA DO FAZENDEIRO -CONVERSAS

Tomei coragem, e já iniciei com o assunto mais delicado.

— Eleonor, quantos anos você tinha quando o tal Hugo, @busou de você?

Percebi quando ela se encolheu, isso era medo.

— A culpa foi minha, eu aceitei ir com ele para a festa.

— Nunca é culpa da mulher. Quem te falou isso, a sua adorável tia?

— Sim, ela e as minhas avós. Papai estava numa viagem de negócios. Desde a morte de mamãe, ele evitava ficar em casa, quase não ligava para mim, o que aconteceu com Hugo, fez ele perceber o quanto eu sofria, eu...

— Eu sei, no seu lugar, outras teriam feito o mesmo. Sofrer uma violência dessas, e ainda ser julgada, por pessoas que deveriam ter apoiado você. Qual era a sua idade?

— Quinze anos.

— Você ainda era virgem?

Ela riu sem humor, não entendi.

— Olha para mim Geovane, pessoas como nos sabem, o quanto o belo atrai. Eu nunca fui bonita, era sempre a rejeitada, nunca nem tinha ganhado um beijo, nunca nem um menino andou de mãos dadas comigo, acho que ganhei o meu primeiro abraço hoje, sim,
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