Ficamos na sala conversando por um longo tempo, quando escutamos uma voz no alto da escada se perguntando se deveria ou não descer. Olhamos para cima e lá estava ela, a minha irmã, com a dúvida claramente estampada no rosto. Mesmo um pouco envergonhada, eu a olhei e pedi que ela se juntasse a nós. Ela sorriu, desceu e veio em nossa direção.
Notei que o olhar dela focou no seu Ary e me perguntei se eles já se viram alguma vez, mas acabei deixando isso pra lá. É óbvio que não, mas quando olho para ele, ele está paralisado, extasiado. Não sei definir bem as palavras e, aos poucos, um sorriso de felicidade surge em seu rosto. Lembro-me que foi o mesmo sorriso de quando o vi pela primeira vez, há dois anos, e escuto ele a cumprimentar...
— Olá, minha menina, que bom que está aqui. A casa não é minha, mas seja bem-vinda...
— Oi, obrigado, mas quem é o senhor? — pergunta de um jeito descontraído, o que me chama a atenção.
— Meu nome é Ary e estou aqui por causa da bondade desses jovens que e