Assim que saio de casa e entro no carro, coloco a chave na ignição. A porta do passageiro se abre, e olho para o lado, observando o meu menino se aproximar. Ele apenas me olha e diz:
— Pai, eu vou com você...
Sinceramente, não sei como ele me viu saindo de casa. O rapaz vive atento o tempo todo que está ao meu redor. Acredito que meu filho ainda está vivo hoje por algo relacionado a isso. Essa muralha humana sempre esteve lado a lado com o meu filho, inclusive já levou bala por ele. É um dos meus maiores orgulhos...
Respiro fundo e concordo que ele vá comigo. Talvez, com ele ao meu lado, eu consiga me controlar e não falar nenhuma besteira. Afinal, o meu filho merece ter o gostinho de sentir a vida desse desgraçado se esvaindo por entre os dedos...
O meu filho merece ter o direito à vingança.
A minha raiva não diminuiu nenhum pouco. Ao contrário, a minha vontade é matar aqueles dois, e sinceramente, estou bem decidido a isso.
Durante o percurso até o local, o meu "filho" tenta me mant