Como pode um cara ser tão mesquinho a ponto de ameaçar um bebê por não ter conseguido se casar com a mãe? Eu me conheço, sei que sou um cara ruim, mas nunca faria mal a um bebê por vingança...
Ainda não consigo acreditar no que está nas minhas mãos, mas sei que é real pelo desespero que vejo nos olhos da minha mulher. Me aproximo ainda mais e a abraço forte, tentando consolá-la dentro do possível, com o nosso filho entre nós. Mas vejo que não adianta muito...
— Isso não vai ficar assim, Kara. Dessa vez, ele foi longe demais — falo, beijando o topo de sua cabeça.
Ela treme no meu abraço, e eu sinto o peso do medo que ela carrega. Não é o medo dela, mas o medo de mãe, aquele que nasce quando alguém ameaça o que você mais ama no mundo. Eu entendo. Eu também sinto isso, mas não posso mostrar. Preciso ser forte por ela, por Dominic, por todos nós.
Depois de alguns minutos, pego o papel em cima da minha cama e olho para minha esposa, que aparentemente está um pouco mais calma.
— Meu amor, q