Tanto que eu pedi para a Kara não aceitar esse trabalho, tanto que avisei que esses caras são muito mais espertos do que pensamos, e ela insistiu em ir. Durante toda a manhã fiquei preocupado. Sabe quando você tem a sensação de que não vai dar certo? Pois é exatamente o que estou sentindo. Esse novo trabalho tem tudo para dar errado, eu sei disso, eu sinto isso.
Estou na sala pensando em alguma estratégia para fazê-la esquecer desse trabalho, quando meu telefone toca. Ao olhar a tela, vejo que é ela e, no automático, sei que algo deu errado. Apenas espero o que ela tem a dizer.
— Henrique, sou eu. Aconteceu algo com o carro. Preciso que você venha e traga um borracheiro. Os pneus estão rasgados, os quatro pneus. Por favor, Henrique, não demore.
— Onde você está agora?
— Em frente ao restaurante Ferreto. Não demora...
— Estou a caminho. Mas me diz, foi só isso mesmo?
— Sim, estou bem e intacta, mas tenho certeza de que foi algum dos seguranças. Devem ter me notado, mesmo comigo mantend