Harper Ward
A porta da frente se abriu com a pompa que só o velho Harrison parecia exigir de qualquer entrada. O som dos sapatos ecoou pelo mármore, e logo dois vultos atravessaram o hall: o general de outrora, ainda imponente apesar da idade, e ao lado dele, uma figura que parecia saída de um maldito catálogo de revistas.
A maldita noiva.
Ou melhor, a mulher que o velho Harrison parecia querer empurrar goela abaixo do neto.
Alta, loira, sorriso perfeito e um ar de simpatia tão natural que até eu, com meu humor azedo depois do dia que tive, senti vontade de acreditar. Ela cumprimentou a todos com delicadeza, aquele tipo de simpatia polida que conquista multidões sem esforço. Mas eu já a odiava, depois do espetáculo do abraço. Mas ela não tinha culpa, tentei me convencer.
Até mesmo Grace, sempre desconfiada, correu para se apresentar. — Essa é minha melhor amiga, Harper! — disse, puxando meu braço como se eu fosse uma extensão dela.
E por um instante, eu senti uma pontada no peito. Gr