Harper Ward
A primeira coisa que pensei ao acordar foi: “Comida.”
A segunda: “Pelo amor de Deus, onde é que eu estou?”
A casa era silenciosa, elegante demais pra ser um hotel e cheirava a café fresco com um toque de arrogância masculina. Então lembrei: Chase Harrison. A mansão. Grace. Sangue. Trauma. Drama.
Minha vergonha dançando Tina Turner.
Mas eu estava faminta demais para me envergonhar.
Vesti uma camiseta de alguém, e que, por ser longa, eu deveria ter percebido ser masculina. Só não sabia, no entanto, o que fazia no meu quarto.
É o que dizem: se está no meu território, é minha.
Saí em direção ao som das vozes. Ainda estava meio grogue de sono, cabelo parecendo o de um leão pós-batalha e com o estômago gritando mais alto que minha dignidade.
— Ah, você está viva — Grace sorriu, sentada à mesa da cozinha, mordendo uma panqueca como se não tivesse quase matado um cara duas noites atrás.
E eu sendo sua cúmplice...
— Uhum. — Minha barriga respondeu por mim com um rugido que pod