Samantha estava no quarto mexendo em seu notebook na tentativa de distrair um pouco a sua cabeça. Ela olhava alguns arquivos da empresa de Dante e algo lhe chama a atenção. - Tem alguma coisa errada com esses contratos. Ela pega o seu telefone e disca alguns números. Não demora muito para que um velho amigo dela atenda o telefone com a voz sonolenta. - Isso são horas de você me ligar? - Nossa! É assim que o senhor trata a hacker que salvou a sua empresa do golpe safado de seu meio-irmão? Samantha sorri ao ouvir o homem xingar em irlandês no outro lado da linha. - Me desculpe pela minha grosseria, senhorita Millicent. Ando com a cabeça tão cheia que acabei atropelando o Bryce sem querer e a Clara está muito chateada comigo. - Nossa, coitado do gatinho. Como ele está? - Espero que vivo, pois paguei o triplo para que a veterinária salve ele e até chamei o Edward para ajudar na recuperação do bichano. Samantha sabia que a esposa de Aiden era muito apegada ao gato, então
Samantha mal tinha pegado no sono e o som da campainha acaba acordando-a. "A Miranda resolve isso." Ela pensa enquanto vira na cama, mas abre os olhos ao escutar Miranda discutir com alguém e depois ouve o som da porta sendo batida. - Merda, será que nem posso mais dormir em paz? Ela resmunga enquanto levanta da cama, mas o som vindo de fora lhe chama a atenção. Samantha se aproxima da porta da sacada e nota que há um vulto masculino pulando para dentro da sacada. Sem pensar duas vezes, a detetive pega sua arma pessoal, que estava dentro da primeira gaveta da cômoda, e já vai na direção da porta da sacada. Ela percebe que o invasor está distraído e aproveita para abrir a porta devagar, já apontando a arma para a sua cabeça. - Faça algum movimento brusco e eu estourarei seus malditos miolos! Ela fala entre os dentes. Estava escuro, então ela não reconhece Dante, e ele fica surpreso com a atitude dela. O mafioso ergue as mãos enquanto diz, quase sussurrando: - Ra
Vicenzo estava fumando seu charuto enquanto lia o relatório sobre a pequena guerra que Dante havia começado com a Bratva. O velho Capo não tinha nenhuma simpatia pelos russos e até adoraria matar alguns, mas aquela guerra acabaria expondo o real poder que a Famiglia possuía naquele país e isso, certamente, chamaria a atenção da polícia. Neste momento, Dante entra no escritório com cara de poucos amigos, e Vicenzo o encara da mesma forma. - Até que enfim! Eu estava mesmo querendo falar sobre a pequena guerra que você acaba de começar. Vicenzo apaga seu charuto enquanto Dante ignora o que seu pai acabara de dizer e pega o pingente, soltando-o em cima da mesa. - O que isso estava fazendo em cima do berço da Valentina? Vicenzo olha para o pingente e depois encara severamente seu filho. - Não tente desviar o foco da conversa, pois você sabe muito bem o resultado dessa guerra. - Que se foda essa guerra! - Dante altera o tom de sua voz enquanto soca a mesa. - Eu deixei bem c
Rossi estava dormindo à vontade quando Tiffany invadiu o quarto de hóspedes de seu apartamento. Ela não sabia como ele havia conseguido uma cópia de sua chave, e aquela situação já estava saindo do seu controle. - Olha só esse pedaço de merda. Ela fala entre os dentes ao olhar para ele. A ex-stripper teve que se ausentar enquanto resolvia alguns problemas da Bratva, pois Rossi havia feito uma verdadeira bagunça, e alguns membros de alto escalão não estavam felizes com isso. Rossi aproveitou a ausência de Tiffany para se mudar para o apartamento dela, pois já estava cansado de ficar escondido em seu esconderijo anterior. A serpente vai até o banheiro e pega um balde que estava embaixo da pia. Ela enche esse balde com a água fria do chuveiro e depois caminha até perto da cama onde Rossi estava dormindo. - Acorda, seu vagabundo imundo! Tiffany esbraveja ao mesmo tempo em que despeja toda a água em Rossi. O ex-Don da Famiglia Cosa Fiera começa a se debater enquanto tenta en
Era mais um dia comum na Savoia's Inc. Dante estava na sua sala olhando para aquele cronograma infernal que tinha que seguir todo santo dia. Ele estava mais frio do que de costume e alguns funcionários tinham um pouco de receio em chegar perto dele, mas isso não o importava. Dante já não era mais o mesmo desde a morte de sua esposa e a única pessoa que o mantinha de pé era sua filha. Ela acabara de completar seis meses de vida e ele ainda não havia descoberto quem havia ordenado o ataque. Neste momento o choro dela chama a sua atenção. Então ele levanta de sua cadeira e vai até ela. "- O que foi, minha bonequinha? Está com fome?" Ele a pega no colo e já prepara a sua mamadeira. Dante senta em sua cadeira enquanto dá a mamadeira para ela. Ele poderia contratar uma babá para cuidar de sua filha, mas não confiava em ninguém. Temia que fizessem mal para ela. Alguns flashes contendo algumas lembranças vem em sua mente. ******************** Pouco mais de um ano atrás. Dante havia che
Dante havia chegado em casa completamente cansado. Trabalhar e cuidar de uma bebê não estava sendo uma tarefa fácil, mas ele não se deixaria abater com isso. Assim que ele estaciona o seu carro, seu telefone toca um bipe de notificação e ele vê ser uma mensagem da máfia, pois haveria uma notificação. Dante havia chegado em casa completamente cansado. Trabalhar e cuidar de uma bebê não estava sendo uma tarefa fácil, mas ele não se deixaria abater com isso. Assim que ele estaciona o seu carro, seu telefone toca um bipe de notificação e ele vê ser uma mensagem da máfia, pois haveria uma reunião. - Bosta! Ele resmunga enquanto bate a porta do carro com raiva. Nisso, Valentina começa a chorar e Dante já a pega no colo tentando a acalmar. "- Calma. O papai não vai mais fazer isso." Ele a acalma e a coloca de volta no bebê conforto do carro. Dante volta para o carro e começa a dirigir até o local onde seria a reunião. Ele não gostava de levar a sua filha lá, mas a máfia não tolerava at
Vicenzo continuava cantando para sua netinha, que agora, havia pegado no sono. Ele, praticamente, se encantou pela criança e todo aquele sentimento de raiva que estava em seu coração havia desaparecido. - Ela tem os olhos da sua mãe. Annalisa iria gostar muito dela. - Ia sim. Dante se aproxima de seu pai e faz um leve carinho na cabeça dela. - Ela conquista o coração de qualquer um. Dante esboça um sorriso enquanto olha para sua filha. - Um dia, ela comandará tudo isso aqui. Vicenzo sorri e Dante fecha a cara o rebatendo: - De jeito nenhum! Minha filha jamais pertencerá a este mundo da máfia. Farei de tudo para que ela nunca manche as suas mãos de sangue. - Não seja hipócrita. Até parece que você lamenta profundamente a cada vida que você mesmo ceifa. - Todos eles mereceram o destino que tiveram. Mesmo assim, eu não quero que ela se contamine da mesma forma que me contaminei. Vicenzo pensa em retrucar, mas o telefone de Dante toca. Ele pega o aparelho e logo reconhece ser Na
Dante estava dirigindo sua Mercedes-Benz Classe C 300 AMG Line azul-escuro até a casa de seu pai. Ele gostava e possuía vários carros esportivos, mas ele havia comprado este carro, recentemente, para poder andar com a sua filha em segurança. Segurança. Essa havia se tornado a sua prioridade. Manter sua filha segura. Dante não media esforços e nem economizava para poder manter sua filha bem. Ele havia contratado os melhores seguranças da máfia para poder protegê-la, além de equipar toda a sua casa com os mais dispositivos de segurança. Não demora muito para que ele chegue na mansão de seu pai. Os seguranças de seu pai não reconhecem o seu carro e logo vão até ele com a mão na cintura para se defenderem de um possível ataque. Dante abaixa o vidro do seu carro e apenas mostra a tatuagem da constelação de escorpião em sua mão. O segurança reconhece a tatuagem e depois olha para Dante dizendo: - Desculpe, Don. É que não reconhecemos o seu carro. - Ele é novo. Dante responde de manei