A entrevista!

_ Ana chegou na mansão de Josephine Rosetown, ela vê os portões abrirem diante dos seus olhos e admira sua grandiosidade, um senhor aproxima-se, ele se apresenta como o mordomo da casa, "-mordomo? Hum, estamos na idade das trevas?", ela pensa consigo mesma, mas segue o homem pelo caminho de pedras brilhoso, os canteiros com rosas vermelhas chamam sua atenção, ela vê vários tipos de flores no jardim, muito bonito, mas, a luz do dia deve ser muito mais, já não está mais tão assustada.

- Senhor, pode me falar como é a senhora Josephine? Sabe, tenho, na verdade, um pouco de medo dela! Bom, tenho medo de monstros em geral...

_ O mordomo corta Ana secamente, ele conta que também humano e trabalha para Josephine há muitos anos e que sua família também a serviu assim, que não há motivos para medo, mas, que seja respeitosa e não brinque com ela, pois apesar de ser tranquila, tem um temperamento explosivo! Ana imagina que deva ser uma senhora bastante velha, então, pelo menos bastante antiga, ela pergunta a idade de Josephine, seu mordomo diz não saber, mas, que chega perto de uns quatrocentos anos, Ana arregala os olhos e se surpreende, sua expressão de surpresa tira um sorriso do homem, ela a olha e apenas responde com elegância:

- Se for uma pessoa de mente aberta para falar com monstros, vai perceber que a minha senhora é muito inteligente, sábia, fora uma rainha, por isso não a olhe diretamente e reverencie, quando ela permitir, olhe para ela, entendeu?

_ Ana diz que sim e sua expressão muda de medo para terror total, ela não sabe o que irá encontrar, se aproximam da entrada e seu coração dispara de medo e suas pernas tremem! O mordomo abre a porta grande de madeira vitoriana, ele permite que Ana entre, ela por sua vez, coloca o seu pé direito na frente, para dar sorte! Ele pede que ela aguarde na sala ao lado, uma baita sala, de frente a uma escada em curva e que leva ao segundo andar da mansão, ela observa cada detalhe, um grande sofá de couro vermelho adorna o ambiente, quadros raros e várias obras de arte espalhadas pelos cantos, uma imensa estante, o que ela gosta bastante, pois lê muito, não há aparelhos de televisão ou som, o que não é uma surpresa, dado a idade da mulher, não haveria de ter mesmo! Ana se aproxima da estante, um livro lhe chama a atenção, "Drácula de Bram Stoker", ela sempre sonhou em ler aquele livro, mas, a oportunidade de tê-lo nunca se apresentou, pois, na época atual é muito raro, ela o pega sem cerimônia, abre as páginas e se depara com uma imagem antiga de Drácula, segurando Lucy em seus braços completamente nua, ele a morde no pescoço enquanto a possui em uma pedra de sepultura.

- Drácula amava Mina, mas, a sua procura o levava para Lucy, assim poderia se aproximar de seu amor de séculos passados, assim como eu, Drácula procurava por seu amor de uma vida, pela eternidade!

_ Ana paralisa, ela ouve a voz da vampira atrás de si, lembra do que o mordomo falou e colocando o livro novamente na estante, ela abaixa a cabeça e não faz contato visual, reverência a vampira, ela pode ver o fim de seu vestido e continua abaixada, é um vestido longo e vermelho, justo, pois para a época, ela não usaria balão, certo? Bom, não pode ver muito, mas, nota a elegância com que a mulher fala.

- Desculpe-me o atrevimento senhora Josephine, não queria se descortês!

_ Josephine ri de Ana, ela chama o mordomo e quando ele aparece, pergunta se mandou que a menina fizesse isso, ele diz que sim e ela ri com ele.

- Marlos, você gosta de colocar medo em meus convidados, não é mesmo? Acho que voltarei a castigar meus subordinados!

_ Ele fica sério e se desculpa com Ana, diz que fora uma brincadeira, para quebrar a tensão! Ana se levanta e, fica paralisada com o que presencia, não é apenas uma vampira ali, é uma bela vampira, uma mulher linda, de cabelos negros e olhos esverdeados, mas, brilhantes, ela não parece em nada uma senhora, não aparenta ter mais de vinte cinco anos, e isso faz com que Ana fique chocada, ela esperava uma senhora mais velha e com jeito de uma rainha antiga, nunca vira um vampiro tão lindo como esta mulher, nem os que trabalham com ela tem essa beleza, eles parecem normais, principalmente as mulheres.

_ Deve se perguntar o porquê sou tão jovem não é mesmo? Nunca viu um vampiro antes?

_ Ana abre a boca para falar, mais a sua voz não sai, ela não consegue olhar apara nada que não seja os olhos lindos de Josephine, não sabe ao menos o que faz ali, mas, tenta!

- Senhora eu... , desculpa, eh... , não sei o que dizer, não parece uma senhora, bom... , parece uma mulher, perdão!

_ A vampira sorri, pensa que aquilo foi um elogio, na verdade, não costuma ter muitos convidados humanos e os poucos que conheceu, não foram tão educados quanto ela.

- Senhorita Ana, suponho, bom, vamos deixas as convenções de lado, não precisamos, aprecio sua educação em não me chamar de velha, mas, tenho quatrocentos anos, minha beleza é uma recompensa pelas vidas que tirei, não me orgulho dela!

_ Ana não acha que seja uma recompensa, mas, também não pensa que seja uma maldição, ela pensa que se esta mulher é assim tão estonteantemente linda, deve ser por algum motivo, que seja o qual for, mas, ela tem um trabalho ali e esqueceu completamente, pois, uma beleza como a de Josephine não passa despercebida, ela convida Ana a sentar-se, as duas ficam frente a frente, então Josephine pede que Ana fale sobre a reunião que marcou!

- Senhora, a minha...

_ Josephine a corta no meio de sua frase.

- Não me chame de senhora, não sou casada! Me chame apenas pelo nome ou se preferir Jose, é o meu apelido!

_ Ana não pode chamá-la pelo apelido, não são amigas ou conhecidas e também por estar ali a trabalho, uma entrevista para ser a nova usuária do aplicativo de sua empresa ou talvez, a mais nova sócia da empresa, mesmo contra a vontade de seu chefe!

- Josephine, estou aqui para fazer uma proposta, em nome da empresa que trabalho e disso depende o meu emprego e de todos os seres de lá, precisamos de vampiros para os prospectos de relacionamento do aplicativo Paly With Me, a senhora será a nossa estrela, entrando para o banco de relacionamentos por meio dele, traria uma massa de monstros que nos traria também de volta a ação, o que acha?

_ A vampira sorri, sua gargalhada ecoa pelas paredes da mansão Rosetown, ela não para e Ana pensa que falou alguma piada, mas, não se altera e pergunta qual o motivo do riso!

- Posso perguntar se disse algo engraçado senhora? Digo... Josephine!

_ A vampira se põe séria, ela olha para Ana e levanta do sofá, andando pelo chão e olhando para ela pensativa, neste momento Ana se perde me seu vestido, olhando com é lindo, suas jóias e maquiagem, lábios vermelhos como sangue, os cabelos soltos, parte deles caindo por seus fartos seios em um decote "V" longo que chega ao seu tórax, quase alcançando seu umbigo, o vestido sereia tem cauda longa e arrasta ao chão, é como se ela estivesse em um baile, Ana se pega analisando tudo na vampira, até que percebe corar, ela percebe que olha para os seios de Josephine, e a vampira percebe, ela j**a os cabelos para trás e nota que a respiração de Ana fica mais pesada, prendendo as pernas e colocando as mãos no colo, como se quisesse esconder algo mais forte.

- Não que haja sido algo que disse, mas, a proposta de relacionamento por aplicativo não me tarai nem um pouco. Já tive relacionamentos que não me levaram a lugar algum e essa coisa de aplicativos não me deixam à vontade! Como posso conversar com uma pessoa e conhecê-la sem olhar nos olhos? Saber que me deseja ou se apenas está me seduzindo para usar-me?

_ Ana reflete sobre o que ela pensa e explica como o aplicativo funciona, ela pede que a vampira sente-se ao seu lado, mostra o aplicativo e explica que ao se cadastrar, aparecerão muitas pessoas compatíveis com ela conforme o seu perfil e seus dados, se a pessoa indicada for de seu agrado, ela pode clicar em jogue comigo e conversar, marcar encontro em lugares com público, para haver testemunhas e garantir que ninguém seja violado!

- Então haverá encontros pessoalmente, certo? Como cadastra o aplicativo?

_ Ana pede para a vampira sentar-se ao seu lado, ela mostra para Josephine o aplicativo aberto e pede os seus dados, tranquilamente Josephine passa e ela coloca uma foto, logo o aplicativo mostra pessoas e monstros diferentes que se assemelham ao gosto pessoal dela, Ana observa quando ela olha para o telefone em sua mão, os seus olhos sem uma ruga de expressão, sua boca carnuda e sente o seu cheiro maravilhoso a hipnotiza, ela percebe se afasta vagarosamente da vampira, que percebe e levanta, ela pensa e pergunta qual seria a outra opção se ela não quiser ser a atração principal, Ana lhe informa que uma sociedade também seria viável, mas, que a presença dela para encontros traria mais satisfação ao público, pois, é uma vampira em potência e como é solteira e muito cobiçada, pode atrair mais pessoas e vampiros, sendo o público que eles realmente precisam para se candidatarem ao posto de parceiros românticos, trará mais sucesso a empresa, eles se escondem muito e por este motivo há muito mais de outras espécies que vampiros. A vampira encontra uma forma de se livrar, mas, ao se negar, Ana implora para que ela dê uma chance ao marketing e ao amor, este que ela não procura sozinha, por medo, ou seja, o que for que a impeça de estar com alguém.

- Tenho mais uma pergunta.

_ Ana a libera de fazer a pergunta e a vampira então manda algo que ela não imaginava!

- Você está neste aplicativo? Não vi o seu perfil!

_ Ana fica intrigada do porquê ela perguntaria isso e responde que sim, tem o cadastro.

- Eu tenho, sim, mas, o meu cadastro é puramente profissional e nós da empresa não podemos participar dos encontros que há por lá! Sendo mais direta, não podemos nos envolver com nossos clientes!

_ Josephine não gosta do que houve, para ela seria interessante saber mais de Ana, mas, como profissional, ela pode fazer isso certo? Então ela aceita participar do chat e ser sócia da empresa, mas tem uma condição imperativa neste caso.

- Senhorita Ana, aceito os termos e condições, mas, desejo que me acompanhe nestes encontros!

_ ANa arregala os olhos, ela não esperava por isso, como assim ela quer que a acompanhe?

- Como assim, uma coach de relacionamento?

_ Josephine diz que sim e que é imperativo que ela participe, ou não haverá trato!

- Bom, terei de conversar com o meu chefe, não sei se ele me libera para estar presente!

_ A vampira olha para ela e vê o rubor em seu rosto, ela sabe o que fazer e pede para Ana não se preocupar, ela conversará com o chefe dela e acertará tudo depende dela fechar o negócio ou não! Ana então se despede, ela diz a Josephine que a espera no dia seguinte em seu escritório para fechar o contrato, a vampira concorda com ela e estende a mão para fechar o negócio, Ana estende também e ambas tocam os dedos, sentindo ali algo estranho, como se o destino quizesse que se conhecessem naquele momento e daquela maneira, a vampira sorri, os seus olhos já não tão verdes agora, mas, de um alaranjado que assuta Ana, ela solta mão de Josephine sai dali apressada, nem ao menos um táxi ela lembrou de pedir, mas, ao chegar no portão, uma limusine preta para ao seu lado, o mordomo Marlos pede que ela entre, ele a levará em casa!

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